terça-feira, 29 de dezembro de 2009

CASO SEAN II - PROPAGANDA OFICIAL

CASO SEAN II - Conforme havíamos postado dias atrás, o STF, finalmente, COM 5 (CINCO) ANOS DE ATRASO, DO QUE CERTAMENTE RESULTARAM VÍNCULOS AFETIVOS MAIS FORTES ENTRE A CRIANÇA E A FAMÍLIA BRASILEIRA, QUANDO A CONVENÇÃO DE HAIA FALA EM DEVOLUÇÃO I M E D I A T A DA CRIANÇA QUE É RETIRADA DO PAÍS DE ORIGEM ILEGALMENTE, tomou a decisão tecnicamente correta, do ponto de vista jurídico. A questão, contudo, não está encerrada, porquanto ainda caberá a uma corte norteamericana decidir o que é melhor para o menino.
PROPAGANDA OFICIAL - Os jornais de hoje noticiam a febre do governo paulista em anunciar pelos meios de comunicação de massa as "suas realizações", com a vinheta "São Paulo trabalhando por você". E a conta é de milhões. Como meus pais diziam quando tirávamos notas boas na escola, "vocês não fazem mais do que a obrigação; seu trabalho é estudar", diríamos a mesma coisa do governo de S. Paulo. Se algumas coisas foram feitas em prol do povo, não fez nada mais do que sua obrigação, já que vive de impostos pagos por nós, cidadãos. Por outro lado, para quem vê a propaganda oficial, o sistema de transporte metropolitano e o metrô são uma maravilha de primeiro mundo, quando a realidade é bem diversa: trens e estações lotados, gente se acotovelando e outros transtornos. A movimentação é evidente: eleições em 2010. E o governo federal não fica atrás. O problema é que nós, contribuintes, é que pagamos a conta desses gastos manifestamente supérfluos. DE QUALQUER FORMA, BOM ANO A TODOS, E ESPEREMOS QE O POVO SAIBA, REALMENTE, VOTAR EM OUTUBRO DE 2010.

sábado, 19 de dezembro de 2009

CASO SEAN - PIOVE? GOVERNO LADRO!

CASO SEAN - Quando tudo já parecia resolvido quanto ao menino Sean Goldman, filho de um norteamericano e de uma brasileira falecida há dois anos, no sentido de voltar à sua terra natal, embora com duas nacionalidades, isto por decisão unânime de turma julgadora do Tribunal Federal Regional do Rio de Janeiro, o Supremo Tribunal Federal, por força de uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, determinou a suspensão da execução daquela decisão. Em consequência, um senador norteamericano, conterrâneo do pai de Sean, de New Jersey, reteve a votação de uma medida alfandegária que beneficiaria o Brasil. À primeira vista tudo pareceria uma demonstração de arrogância e prepotência dos EUA bem como do pai de Sean. Todavia, para quem conhece a justiça brasileira, o processo em questão, que deveria ser rápido, já dura 5 (cinco) anos. Isto porque, ajuizado com fundamento na Convenção de Haia, de que Brasil e EUA são signatários, ela prevê que crianças sequestradas ou levadas ao outro país sem autorização de quem de direito, ou, então, arbitrariamente, DEVEM SER DEVOLVIDAS, IMEDIATAMENTE, AO PAÍS DE ORIGEM, E À GUARDA DO RESPONSÁVEL. Em seguida, CABERIA À JUSTIÇA LOCAL, E NÃO DO PAÍS PARA ONDE A CRIANÇA FOI LEVADA ILEGALMENTE, RESOLVER A QUESTÃO, INCLUSIVE, EM BENEFÍCIO DO PAÍS DE FUGA, CONFORME AS CIRCUNSTÂNCIAS. Ora, Sean veio ao Brasil com a mãe quando tinha quatro anos, a pretexto de passar férias com os parentes brasileiros. Algum tempo depois, contudo, ela esclareceu ao marido americano que não mais voltaria, retendo o filho em comum. Foi então que David ingressou com a ação competente na justiça federal brasileira, que, aliás, é competente em face do tratado internacional, solicitando não que a guarda do menino lhe fosse deferida permanentemente, mas que fosse cumprido o mesmo tratado. Ou seja, reencaminhamento ao país de origem e submissão da questão às autoridades judiciárias dos EUA. Quem está errado, sem querer entrar no mérito sobre se o garoto deve ficar com o pai ou não? Evidentemente que é a nossa justiça, repita-se, notoriamente vagarosa e o que é pior, com julgadores insensíveis e personalistas.
PIOVE? GOVERNO LADRO!
Esse velho ditado italiano, equivalente a outro, de origem espanhola (Hay gobierno? Soy contra!), quer dizer, em última análise, que, para os renitentes críticos à ordem constituída, o governo é responsável por tudo de mal que acontece, mesmo quando chove. No caso brasileiro, notadamente em São Paulo, todavia, esse ditado parece corresponder à realidade, sem necessariamente se utilizar do termo "ladro", que é traduzido literalmente por "ladrão", mas, sim, displicente e negligente. Com efeito, tanto o Jardim Pantanal, como o Jardim Romano, situam-se em áreas notoriamente alagáveis, até porque áreas de várzea, pantanosa. Desta forma, ao permitir, ou fechar os olhos para a construção de morodias no local, o poder público faltou com responsabilidade, quando deveria energicamente impedir o adensamento populacional nesses locais. Mas não é só. Não apenas permitiu, ou fechou os olhos, o que dá no mesmo, como estimulou esse adensamento, ao instituir melhoramentos na vizinhança, como um CEU, posto de saúde etc., e lançou carnês do IPTU, donde ter reconhecido expressamente a "regularidade irregular". Agora a "batata quente" voltou, com a solução drástica: remoção das milhares de famílias alí assentadas. Teria sido melhor prevenir do que agora remediar.

sábado, 12 de dezembro de 2009

ACESSO Á INTERNET

ACESSO À INTERNET


Os jornais e outros meios de comunicação dão especial ênfase, hoje, à chamada "excluão digital", da ordem de 65% da população. Ora, muito mais grave do que isso, que, aliás, não me parece qualquer prioridade social, mas sim A INCLUSÃO PELA EDUCAÇÃO, SAÚDE (preventiva e curativa), SANEAMENTO BÁSICO, SEGURANÇA. Ou seja: TUDO QUE O ESTADO DEVERIA GARANTIR AOS SEUS CIDADÃOS, INDEPENDENTEMENTE DE CLASSE OU CONDIÇÃO SOCIAL, ATÉ PORQUE TODOS, SEM EXCEÇÃO, PAGAMOS IMPOSTOS ALÉM DE NOSSA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, E DE FORMA INJUSTA, MAS NÃO O FAZ.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

CHOVE CHUVA - CORRUPÇÃO

CHOVE CHUVA - Embora chuvas torrenciais sejam perfeitamente previsíveis nessa época do ano, o prefeito de S. Paulo, Sr. Gilberto Kassab, atribui a elas os "transtornos" (para ele não houve caos, porque isso consistiria na "perda de controle da situação, sic conforme entrevista dada por ele hoje ao Jornal da Band) ocorridos ontem e há alguns dias atrás. Ora, para quem encaminhou projeto de lei orçamentária à Câmara Municipal prevendo gastos em publicidade três vezes maior do que aquele destinado à prevenção de danos à população e contenção das enchentes (fonte: Folha de S. Paulo, edição de 9.12.200, editorial na página A-2), não pode alegar ignorância, mas evidente descaso ou irresponsabilidade com a situação calamitosa da cidade que administra. Espero que se for candidato a prefeito em reeleição, ou então, a qualquer outro cargo público, o eleitor fique alerta para essas circunstâncias.
CORRUPÇÃO
Não é novidade para ninguém que, dentre os partidos políticos, não há qualquer um deles que possa vangloriar-se de não ter envolvimento em atos de corrupção. E como hoje é Dia Nacional de Combate à Corrupção, fica a mensagem de que, diante dos últimos acontecimentos (i.e., o valerioduto do PSDB-MG, implicando o ex-governador Eduardo Azeredo, o mensalão do PT, e, mais recentemente, a versão do mensalão do DEM-DF, o povo não apenas espera, como também exige, rigorosa apuração e punição dos implicados. Na China os curruptos são condenados à morte, e pagam até pela bala utilizada. Nos EUA um alto funcionário estadual corrupto se matou na frente as câmaras de TV. No Brasil é diferente: tudo vira pizza, ou, então, quando há processo a condenação demora tanto, que os crimes acabam prescrevendo. Ou, ainda, embora haja condenação, os "caras de pau" acabam voltando à vida pública.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DESONERAÇÃO FISCAL - TRANSPORTE PÚBLICO EM SÃO PAULO

DESONERAÇÃO FISCAL


Mais uma medida manifestamente demagógica e eleitoreira do governo federal, mirando, obviamente, as eleições do ano que vem: desoneração de IPI sobre móveis, automóveis flex e só a álcool e caminhões também a biocombustíveis. Conversa fiada que se trata de preocupação ambiental. Além dos produtos da chamada linha branca, novas "desonerações" visam a alvos bem definidos. Acontece que, se efetivamente o governo estivesse agindo de boa-fé, não se limitaria a desonerar os produtores (na verdade, no final da linha, os consumidores) de impostos e burocracia temporariamente e em partes. O certo seria uma reforma tributária e trabalhista para valer, desonerando o setor produtivo e, consequentemente, beneficiando o povo consumidor. POR OUTRO LADO, E O QUE MAIS IMPORTANTE AINDA: O GOVERNO DEVERIA GASTAR MENOS, E, COM ISSO, ALIVIARIA A CARGA TRIBUTÁRIA COMO UM TODO.
TRANSPORTE PÚBLICO EM SÃO PAULO
Dias desses vi vistosa mensagem publicitária do governo municipal em São Paulo, falando da "excelência" do nosso transporte coletivo, notadamente o sistema de ônibus, prestes a ganhar outros instrumentos, como, por exemplo, o monotrilho, em parceria com o governo do Estado, em complementação ao metrô. Basta andar de ônibus, como faço, muitas vezes, para constatar-se que se trata de manifesta propaganda enganosa. Com efeito, a começar pelo leito carroçável de nossas avenidas e ruas, que são horríveis, e submetem-nos a solavancos a todo o instante. Por outro lado, os ônibus, embora alguns com pouco tempo de uso, são arcaicos e verdadeiras "carroças" no que concerne ao conforto dos passageiros e também do motorista e cobrador. Embora tenhamos condições de construir ônibus de primeiro mundo (os interurbanos e de turismo, por exemplo, são excelentes), não é o que vemos pelas ruas. Vemos, isto sim, ônibus de molejo duro, alguns, apenas, com piso baixo, e sem reclino para pessoas com problemas de deambulação, mulheres com carinhos de bebês e pessoas com outras necessidades especiais. Em recente viagem à Europa, sobretudo a Barcelona, tomei ônibus e metrô com meu filho, minha nora e meu neto de dois meses, experimentando o que é um verdadeiro respeito ao cidadão: ruas sem buracos, saliências e bueiros buraquentos, ônibus macios e confortáveis, TODOS COM PISO BAIXO, TODOS COM LUGAR ESPECIAL PARA CADEIRAS DE RODAS E CARRINHOS DE BEBÊS. ENFIM, UM AMBIENTE EFETIVAMENTE CIDADÃO E HUMANO, E NÃO COMO AQUI. Em conclusão: assim como o governo federal, o municipal e o estadual miram as eleições do ano próximo, desta feita com manifesta propaganda enganosa. Outra coisa para terminar, e repetindo o que já vimos dizendo: a desativação dos bondes, em 1968, foi um verdadeiro crime lesa-cidadão. Cuidava-se, com efeito, de um verdadeiro metrô de superfície, e como tal deveria ter sido encarado, com veículos certamente mais modernos, não em ruas estreitas, mas em avenidas, como a horrorosa Av. Sto. Amaro, que tinha uma linha de mais de 15 quilômetros. Ou seja: dever-se-ia imitar os bons exemplos de cidades civilizadas como Atenas, Istambul, Roma, Milão, Pisa e muitas outras, em que o transporte sobre trilhos de superfície é uma realidade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CASO BATTISTI: LIÇÃO DO MIN. VELLOSO

CASO BATTISTI: LIÇÃO DO MIN. VELLOSO

Vale a pena ler o lapidar artigo publicado hoje no jornal Folha de S. Paulo (p. A-3), sob o título A Extradição e seu Controle pelo STF. Diversamente da desconcertante contradição do ministro Ayres de Britto do STF que, tendo votado com a maioria pela extradição do terrorista --- e assassino Cesar Battisti ---, em seguida entendeu, também com a maioria, em sentido contrário pela extradição, que a execução caberia ao presidente da república, o ministro aposentado do mesmo STF Carlos Velloso colocou as coisas nos seus devidos lugares. Ou seja, e como modestamente me havia posicionado em outra postagem, crime político não se confunde com crime comum, notadamente os chamados crimes hediondos, como foram os quatro homicídios de que foi co-protagonista o "refugiado Battisti", segundo seus defensores. Com efeito, conforme acentuou Velloso: "... a Convenção de Genebra estabelece que não será concedido refúgio a quem haja praticado crime de direito comu. E a lei brasileira --- lei 9.474, de 1997, artigo 3º, inciso III -- veda a concessão de refúgio aos que tenham cometido crime hediondo". E tudo isso, acrescenta ele, foi reconhecido por nada mais, nada menos, que 7 (sete) decisões de alto nível, a saber: pelo tribunal de primeira instância italiano, pela Corte de Cassação da Itália, pela Justiça Francesa, mais especificamente, peo Tribunal de Apelação de Paris, pela Corte de Cassação e Conselho de Estado, pela Corte Europeia de Direitos Humanos, pelo CONARE, no Brasil, que é a instância competente para reconhecer, ou não, o direito a refúgio por perseguição política e, finalmente, pelo Supremo Tribunal Federal. Agora vem a mais grave observação do articulista citado: "O STF, por 5 votos a 4, decidiu que, mesmo tendo sido deferida a extradição, caberia ao presidente da República descumprir decisão concessiva de extradição. E essa hipótese nunca ocorreu porque nem a lei nem a Constituição isso autoriza. Em Estado de Direito, tudo se faz de conformidade com a lei. A lei brasileira, lei 6.815/80, o Estatuto do Estrangeiro, artigos 76 a 96, cuida minuciosamente do tema. Concedida a extradição, será o fato comunicado pelo Ministério das Relações Exteriores à missão diplomática do Estado requerente, que, no prazo de 60 dias, deverá retirar o extraditando do território nacional (artigo 86) (...) Não há lei, portanto, uma só palavra que autorize o presidente da República a deixar de cumprir a decisão que encontra base na constituição (artigo 102, I, g), na lei (lei 6.815/80, artigos 76 a 94) e no Regimento Ingerno do STF (artigos 207 a 214) (...) Não há nos dispositivos mencionados, constitucionais ou infraconstitucionais, vale repetir, nada que autorize o presidente da República a dexiar de cumprir o decidido pelo STF. A menos que seja ressuscitado o que o constitucionalismo sepultou há mais de 200 anos: o dirieto divino dos reis e dos imperadores, que podiam decidir contra a lei". Em entrevistas concedidas à imprensa em geral, o ministro Ayres de Britto, que havia sido o mais veemente pela extradição, se contradissoe porquanto asseverou que enquanto que o STF decide pela extradição, que a executa, ou não, é o presidente da república. Ora, o Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça do país NÃO AUTORIZA COISA ALGUMA, ELE DECIDE E PRONTO. CABE AOS DESTINATÁRIOS DAS SUAS DECISÕES CUMPRÍ-LA E EXECUTÁ-LA, PORTANTO.



domingo, 15 de novembro de 2009

ALGEMAS NO TCU?

ALGEMAS NO TCU?


Assim como volta e meia surge uma proposta obscurantista e mal intencionada de se amordaçar os Ministérios Públicos, porque assumem efetivamente as rédeas de apuração de atos de improbidade administrativa e outros delitos praticados por autoridades públicas contra o erário, agora é a vez do TCU - Tribunal de Contas da União. Com efeito, há proposta em discussão no governo federal no sentido de manietá-lo, porquanto, mais até do que os TCE´s -Tribunais de Contas dos Estados, ele tem a prerrogativa de, liminarmente, determinar a paralisação de obras ou suspensão de licitações públicas relativas a outras acusadas de superfaturamento e outras falcatruas ou, ainda, irregularidades técnicas e econômico-financeiras. E o objetivo de plantão é claro: deixar que as obras do PAC continuem (eleições à vista), mesmo que com as referidas irregularidades em tese apontadas, sob a alegação de encarecimento e demora. Um exemplo de como a atitude do TCU é salutar: há algum tempo ele apontou pelo menos 13 irregularidades no trecho sul do Rodoanel em São Paulo, e, especificamente, A COMPRA DE VIGAS PRÉ-MOLDADAS --- MAIS BARATAS --- NA CONSTRUÇÃO DE VIADUTOS, SEM QUE PROVIDÊNCIAS FOSSEM TOMADAS. DEU NO QUE DEU! A QUEDA DE TRÊS DELAS SOBRE A RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT, ANTEONTEM, COMO AMPLAMENTE NOTICIADO. PARABÉNS AO TCU, E ESPERO QUE AS ALGEMAS PROJETADAS NÃO LHE SEJAM IMPINGIDAS.

ALGEMAS NO TCU?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

APAGÃO POR APAGÃO ...

APAGÃO POR APAGÃO ...


Anteontem praticamente o país inteiro experimentou, a partir das 22:13 hr. o maior "apagão" de sua história. Lembro-me muito bem, por outro lado, de outro "apagão" semelhante em junho de 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Naquela época como agora, o governo de plantão atribui o fato a "intempéries", como tempestades, raios e ventos fortes, mudando apenas de região no Estado de São Paulo para o "efeito dominó". Ou seja, em 2001 o início foi um "curto circuito" numa estação de distribuição de Bauru, e, agora, em Itaberá. Só que o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Serviço Nacional de Metereologia, que, aliás, recebe subsídios do referido instituto, situado em Cachoeira Paulista, SP, disseram que é muito pouco provável que isso tenha acontecido em razão das propaladas "intempéries" que, de fato, ocorreram, mas não em níveis fora do normal. Ou seja: o sistema elétrico, como um todo, não estava preparado, sequer, para uma "marolinha tempestuosa". Causas? Falta de GESTÃO EFICAZ, dizem os técnicos da área ouvidos pelos jornais e TV´s. Falta de ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE TÉCNICA E NÃO POLÍTICA, DECORRENTE DE LOTEAMENTO DE CARGOS NAS ESTATAIS ENTRE OS PARTIDOS GOVERNISTAS. Ou seja: quando houve o problema há 8 anos atrás (se bem que causado por falta de geração de energia, ao contrário do presente, por falha na distribuição), os mesmos técnicos diagnosticaram falta de "ilhas" para a compensação de transmissão, na hipótese de uma pane localizada. Mas nada se fez e, CONCLUSÃO: tucanos e petistas são absolutamente iguais em incompetência na área de fornecimento de energia elétrica. E pior: deixaram que nós, consumidores, pagássamos, e continuássemos pagando, contas de seu fornecimento MUITO ACIMA DOS PADRÕES NORMAIS TARIFÁRIOS.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ERRATA

ERRATA

Por erro de digitação, leia-se a palavra "experimentos" e não "eSperimentos", como grafada,no comentário sobre Sexo de Morcegos (a pressa é, certamente, inimiga da perfeição.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

QUEM MANDA - MORCEGO E SEXO - RIO EM GUERRA

QUEM MANDA

Apesar de o presidente deposto da Honduras ter ficado hospedado na nossa embaixada em Tecugicalpa, com o nosso governo dizendo que somente reconhecerá os resultados das eleições marcadas para o dia 29 de novembro próximo se Zelaya for reconduzido ao poder, além de negar-se a negociar com o presidente em exercício, e após indas e vindas, quem na verdade MANDOU FAZER AS COISAS FORAM, CLARO, OS E.U.A. Ou seja, não lhes interessa outra solução se não a realização das eleições, cujo resultado reconhecerão e a volta de Zelaya dependerá da resolução do congresso hondurenho. Caso contrário, imporão ainda mais sanções econômicas ao país da América Central. E ponto! Acho que o nosso governo pensava que mandava alguma coisa. Entretanto, para os que acham que os E.U.A. haviam perdido a hegemonia global, se enganaram redondamente.
MORCEGO E SEXO
Como quase já ex-assinante do jornal Folha de S. Paulo, havia encaminhado e-mails ao seu ombusdman pessoa, aliás, muito atenciosa, mas que admite que nada pode fazer de concreto contra as bobagens alí encontradas, sobretudo na folha "Ciência", até porque os jornalistas, arrogantemente, acham que nunca erram ou, então, que desempenham sua profissão com absoluta eficiência. Pensava que isto havia cessado. Entretanto, qual não foi minha surpresa ao constatar, na edição de sábado passado (Folha de S. Paulo, 31-10-2009 p. A-19) a seguinte manchete: "Fêmea de morcego da Ásia faz sexo oral, diz pesquisa - Grupo sino-britânico observou o comportamento filmando casais em cativeiro". Ora, existe coisa mais absurda e fútil, para não dizer afrontosa ao bom senso? Será que não há pesquisas mais úteis e prementes a serem acompanhadas e relatadas como, por exemplo, sobre a cura dos cânceres, da AIDS, o desenvolvimento de vacinas contra doenças até agora fatais? Faça-me o favor! E o pior: o repórter Reinaldo José Lopes desce a detalhes que são uma pérola, tais como: "A função do comportamento ainda não está clara (veja hipóteses à direita), mas uma coisa é certa: os machos da espécie Cynopterus sphinx gostam. Tanto que, em esperimentos, apareceu uma forte correlação entreo tempo que durava o ato sexual e a frequência da felação. Ou seja, quanto mais a fêmea se dedicaca ao sexo oral, mais demorada era a relação entre o casal voador". Mas não é um primor de relato? Talvez os autores da pesquisa --- forte candidata ao "Prêmio Ignóbel" --- poderão ganhar muito dinheiro fazendo uns filminhos pornôs e vendê-los para motéis! Que tal?
RIO EM GUERRA
A notícia estampada hoje nos principais jornais, reportagens de TV´s e rádios, no sentido de que o Estado do Rio de Janeiro vai propor um treinamento para alunos de escolas no sentido de "agirem nos casos de tiroteios". Alguma semelhança com os treinamentos nos tempos da 2ª Guera Mundial com vistas a bombardeios, criando abrigos antiaéreos, por exemplo, e instruindo a população civil a utilizá-los, ou, então, a construção em massa, notadamente nos E.U.A. de abrigos antinucleares, NÃO É MERA COINCIDÊNCIA, mas uma tristíssima realidade da bela Rio de Janeiro. Até quando a população será refém dos nacrotraficantes e outros criminosos, da violência em toda a parte? Onde está a presença do Estado, do poder político?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SERVIDOR DO PAC - FORO PRIVILEGIADO

SERVIDOR DO PAC

A quem os políticos, de modo geral, pensam enganar? Do lado do PT+ PMDB, a já candidata Dilma Rousseff faz de conta que não é mas faz campanha aberta com o PAC além de outros programas governamentais, além de palpitar em tudo e, agora, por incrível que pareça, será a chefe da delegação brasileira na conferência sobre o clima em Copenhague. Não me consta que tenha algum conhecimento nem prático nem teórico sobre essa matéria. E tudo com a mãos generosas de Lula e correligionários. Agora mesmo está em tramitação um projeto de lei na Câmara dos Deputados que dá bônus para os servidores do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura do Transportes, que acelerem as obras do PAC e cumpram as metas estabelecidas. Ora, quem está no serviço público, ou em qualquer posto de trabalho, não faz mais do que a obrigação se não cumprir as suas tarefas com eficiência e eficácia. Demagogia pura, campanha política evidente, além de mais uma despesa que nós contribuintes, é claro, pagaremos. Do lado do PSDB os governadores Serra e Aécio Neves são pré-canditatíssimos, mas não dizem que são. O governo paulista faz propaganda todo dia sob o lema "É São Paulo Trabalhando por Você". O único problema é que ainda não definiram quem será o candidato efetivo a presidente. Aécio quer e faz pressão para uma definiação já; Serra, "à la" Lupicínio Rodrigues, diz que não se submete a pressões, e "tem nervos de aço".
FIM DO FORO PRIVILEGIADO
As críticas que se fazem ao chamado "foro privilegiado" têm certa razão, mas não toda ela. A palavra, na verdade, deriva da junção de dois termos latinos (privum + legum), que querem dizer, literalmente, "uma lei especial". Seu lado positivo: refere-se ao julgamento de algumas autoridades, no âmbito penal, por exemplo, por órgãos jurisdicionais superiores àqueles a que estariam sujeitos cidadãos comuns, não investidos de autoridade ou poder público. Nesse caso, os tribunais superiores, em casos de homicídio, ainda por exemplo, tendem a ser muito mais rigorosos do que o tribunal popular do júri, em que os juízes de fato são outros cidadãos comuns, e não, como no caso do Estado de São Paulo, os 25 mais antigos e experientes desembargadores. Neste caso acho positivo que assim seja, até porque esses julgadores farão um julgamento muito mais isento e técnico do que o cidadão comum, que é muitas vezes levado pelo emoção ou outros fatores até estranhosao fato que estão a julgar. Lado negativo: a demora excessiva dos julgamentos, até porque os tribunais superiores também têm sob sua responsabilidade a apreciação de inúmeros outros casos em grau de recurso. Julgamentos mais rápidos, somente ocorrem se o réu estiver preso o que, entretanto, é uma raridade. Agora tramita pela Câmara dos Deputados um projeto de emenda constitucional que transforma o foro privilegiado em um foro misto ou híbrido. Ou seja, o órgão judiciário superior é que autoriza ou não a abertura do processo e que o monitora o qual, todavia, será presidido por um juiz de primeira instância. Do nosso ponto de vista isto ao invés de acelerar o processo vai acarretar ainda mais sua lentidão. Além do que, em se tratando de políticos com mandato eletivo, eles certamente exercerão maior pressão em suas bases eleitorais. Adivinhem quem é que está torcendo para que isto seja aprovado? Os réus do "mensalão", claro!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

OLIMPÍADAS E COPA - PRECATÓRIOS -AFEGANISTÃO

OLIMPÍADAS E COPA

De volta de viagem de 15 dias à Espanha, Portugal e Itália, colhi, inicialmente, aplausos pela escolha do Brasil como sede dos jogos olímpicos de 2016, os quais, tanto para espanhóis, que apresentaram Madri na disputa, como para portugueses e italianos com quem conversei, devem alavancar ainda mais o admirado progresso brasileiro visto lá de fora. Além disso, acharam de plena justiça a escolha do nosso país, até porque é simpático a todos, e as olimpíadas nunca foram realizadas na América do Sul. Entretanto, quando houve o incrível abate de um helicóptero por narcotraficantes no Rio de Janeiro, os canais de TV de lá passavam o vídeo do mesmo em chamas ad nauseam, talvez subliminarmente querendo dizer que, infelizmente, não teria sido uma boa escolha. E agora? Como reagirão as nossas autoridades a tudo isso? E a Copa de 2014? Será que agora, finalmente, vai se impor a lei sobre a marginalidade, com rigor e competência?
PRECATÓRIOS
Já aprovado em primeiro turno o imoral e indecente projeto de emenda constitucional que alonga ainda mais o calote dos poderes públicos municipais, estaduais e federais quanto ao pagamento de suas dívidas (precatórios), na verdade virá a penas a institucionalizar a malandragem já praticada. Com efeito, ainda que haja ordem estabelecida constitucionalmente e por normas infraconstitucionais, os referido entes governamentais de há muito não cumprem os prazos que lhe são impostos, sujeitando-os, então, a intervenção. Todavia tanto os tribunais estaduais, relativamente aos Municípios, como o STJ e o STF, relativamente aos Estados e a própria União Federal, sempre reluta em aplicá-la. Quando exercia o cargo de Procurador Geral de Justiça de São Paulo, com efeito, cansei de pedir formalmente a intervenção em municípios e no próprio Estado, mas sem sucesso. Agora vai ser a festa do calote oficializado.
AFEGANISTÃO
Todos torcemos pelo sucesso do presidente norteamericano Barak Obama, pleno de ótimas intenção, sobretudo no tocante aos processos de paz na conturbada região do oriente médio. Todavia, tendo recebido a herança maldita da guerra sem qualquer fundamento no Iraque de George Bush, filho, e com outra frente altamente perigosa no Afeganistão, arrisca-se a afundar-se ainda mais no areial movediço alí instalado. Ou seja, ao moverem a guerra estapafúrdia no Iraque, por claros interesses geopolíticos, sobretudo em razão de suas reservas de petróleo, bem ou mal administrada pello ditador enforcado, os EUA desorganizaram ainda mais a sociedade iraquiana, palco de terríveis atentados cada vez mais violentos, vitimando pessoas inocentes, inclusive crianças, até porque se retiraram do patrulhamento das cidades. E, por outro lado, abriram outra frente no Afeganistão, que mexe, também, com o Paquistão. Hoje, "saudando" a Secretária de Estado Hillary Clinton, por exemplo, houve violentíssimos atentados a bomba nesse último país, como sempre vitimando pobres cidadãos inocentes. Até quando? E, o que é pior, como Obama vai sair desses areais movediços?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

VÍTIMAS DO ACIDENTE DA 'GOL'

Lí na semana passada na Folha de S. Paulo que os familiares das vítimas do voo da Gol acidentado sobre território do Estado do Mato Grosso (voo 3054, se não me falha a memória) estão preocupados e desapontados pela demora no processo de natureza criminal, no qual são indiciados os dois pilotos norte-americanos que estavam no "Legacy" que colidiu com o Boeing 737 da empresa brasileira, em razão do desligamento do "transponder" que acusaria a presença da outra aeronave que voava na mesma rota. Isto porque a prescrição dos crimes de homicídio culposo e violação de normas de navegação aérea estaria se avizinhando. E, para piorar a situação, a defesa dos réus americanos arrolaram testemunhas que residem fora do país. É O FIM FO MUNDO! SE O PROBLEMA FOSSE AO INVERSO, OU SEJA, SE O ACIDENTE TIVESSE OCORRIDO NOS E.U.A., E OS RÉUS FOSSEM BRASILEIROS, ELES JAMAIS TERIAM SIDO LIBERADOS PARA 'RESPONDEREM EM LIBERDADE O PROCESSO', MAS DEVERIAM AGUARDAR, PRESOS, NOS E.U.A. A FINALIZAÇÃO DO PROCESSO. É O BRASIL LENIENTE E IRRESPONSÁVEL. Lamento pela família das vítimas --- COM TODA A RAZÃO INCONFORMADAS --- mas, pela minha experiência como promotor de justiça aposentado e, agora, comoa advogado, tenho de concluir que os americanos serão totalmente liberados da acusação, pela prescrição, Ou, ainda, que condenados, será que os E.U.A. vão determinar a sua extradição? Só rindo, mesmo, porque é tragicômico! É a nossa justiça!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CONDENAÇÃO 'SUSPENSA' - VEREADORES

CONDENAÇÃO 'SUSPENSA'


Não conheço o Advogado-Geral da União, José Antônio Toffoli, recém indicado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Dele sei apenas os dados que aparecem na imprensa ( que tem 41 anos, que é bacharel em direito pela USP, que, embora não detentor de títulos acadêmicos formais, é especializado em direito eleitoral e advogado do PT). Contra ele, dentre outras críticas, aparece uma condenação, de caráter civil, em ação judicial em que se viu obrigado a ressarcir os cofres públicos do Estado do Amapá em razão de contratação considerada ilegal, como advogado, em face da "lei das licitações públicas". E isto apareceu com grande estardalhaço que grande imprensa, que, depois, veio com a maliciosa notícia de que a referida condenação fora suspensa pelo Tribunal de Justiça do Amapá [sic]. Ou seja, dando a entender, sobretudo para um leigo em matéria de direiro processual civil, que teria havido um "favorecimento" a ele, candidato a magistrado superior. Ora, na esmagadora maioria das apelações cíveis, HÁ DUPLO EFEITO: a) A DEVOLUÇÃO DA MATÉRIA, OU SEJA, A REAPRECIAÇÃO DELA PELA INSTÂNCIA SUPERIOR: e b) A SUSPENSÇÃO DA EXECUÇÃO DA SENTENÇA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. É impressionante o quão verdadeira é a máxima de que PARA UM FATO HÁ DIVERSAS VERSÕES, DE ACORDO COM O INTERESSE DE QUE AS APRESENTA.
VEREADORES
Originário do interior do Estado de São Paulo, tive um tio-avô que se orgulhava de ser vereador de nossa cidade já há décadas, sem ganhar um tostão para tanto, e tendo colaborado para o seu desenvolvimento. Anos depois, quando essa função passou a ser remunerada, foi procurado por um conterrâneo, que me pediu seu voto, dizendo claramente e sem qualquer pudor: "pois é; até agora tudo que tentei na vida não deu muito certo; agora quero ser vereador; sabe como é, preciso me arranjar!" Respondi-lhe de pronto que jamais votaria nele, exatamente porque pensava apenas em se arranjar. E, ignorante como era --- abandonou o ginário público na metade por pura preguiça, até porque, embora de posses modestas, sua família tinha condições de mantê-lo ali ---, certamente não sabia dos deveres que o cargo de vereador exige de seu titular. Quando já membro do Ministério Público, acompanhei, até porque não é minha especialidade o direito eleitoral, as ações por nós movidas contra municípios que tinham vereadores a mais, E COM GRANDE SUCESSO, EXATAMENTE POR FORÇA DA CONSTITUIÇÃO VIGENTE QUE AGORA SE REFORMOU PARA PERMITIR O ESCÂNDALO: FORAM CRIADAS MAIS DE 7 MIL VAGAS EM TODO O PAÍS! Ou seja: NÃO PRECISAMOS DE MAIS VEREADORES DOS QUE JÁ TEMOS. O QUE PRECISAMOS É QUE OS QUE AÍ ESTÃO EFETIVAMENTE TRABALHAM EM PROL DE SUAS COMUNIDADES. SE NÃO COMO MEU TIO-AVÔ, COM TOTAL DESPREENDIMENTO, PELO MENOS COM VEGONHA NA CARA!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

LEGALIZAÇÃO DE JOGOS

LEGALIZAÇÃO DE JOGOS


O Congresso Nacional está empenhado na discussão de projeto de lei que libera, por ora, bingos e caça-níqueis, deixando-se, para uma outra oportunidade, a legalização de cassinos. E por que não, também, o jogo do bicho? Na qualidade de cidadão, entendo que, em princípio, a liberação é um caminho válido, se se quiser acabar com a hipocrisia generalizada. Ou seja: pontos de jogo do bicho são vistos por toda a parte, sobretudo no bairro onde resido, por exemplo. Quando exercia as funções de promotor de justiça, os cambistas, ou seja, os vendedores do jogo, eram geralmente pessoas idosas ou desempregadas, e eram quem iam presas e condenadas, deixando-se os banqueiros à solta, ou quase nunca eram identificados pela polícia. Todavia, o dever devia ser cumprido, já que, até agora, os chamados jogos de azar são vedados em nosso país. Por outro lado, cassinos clandestinos e pontos de bingos ou caça-níqueis são, de vez em quando, desbaratados. Não seria melhor legalizar, de uma vez por todas, esses jogos --- até porque a Caixa Econômica Federal detém o monopólio de um grande cassino oficial ---? Acabar-se-ia com a hipocrisia, diminuir-se-ia a corrupção e outras consequencias do jogo ilegal, cobrar-se-iam impostos com a atividade e, por que não, abrir-se-iam muitos postos de trabalho, inclusive para artistas (meus avós, pais e tios falavam com encantamento dos famosos Cassinos da Urca, de Quitandinha, de Poços de Caldas etc.). Por outro lado, e como se faz em outros países, notadamente nos EUA, o jogo é circunscrito a determinados locais (Las Vegas e Atlantic City, por exemplo), o que delimitaria, também, a frequencia e permanencia de quem quer jogar. O vício, infelizmente, é inevitável, assim como a atração por drogas e álcool. Entretanto, com a circunscrição, talvez fosse mais fácil o seu combate.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CÓDIGO DO CONSUMIDOR:19 ANOS

CÓDIGO DO CONSUMIDOR: 19 ANOS
Há 19 anos, mais precisamente em 11-9-1990, era sancionada a Lei nº 8.078, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, entrando em vigor 6 meses depois. Ao contrário do que muitos possam pensar, não se trata nem de uma novidade no cenário jurídico, nem de uma panacéia para todos os males que afligem todos nós, afinal de contas, consumidores de bens e serviços a todo instante de nossas vidas. Com efeito, quando nossa comissão, foi designada em junho de 1988, pelo então Ministro da Justiça Paulo Brossard, por proposta do extinto Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, a tarefa se nos apresentou como sendo de grande responsabilidade, mas não cuidamos de reinventar a roda, até porque outros países já dispunham de leis de proteção ou defesa do consumidor (e.g., Espanha, Portugal, Canadá, Estados Unidos, Venezuela, México etc.). Além disso, a então IOCU – International Organization of Consumer Unions (hoje CI – Consumer International), baseando-se na Resolução ONU 39/248, de 1985 que, por sua vez, se fundava em célebre declaração do presidente norte-americano John Kennedy, de 15-3-1962, a respeito dos direitos básicos e fundamentais dos consumidores (saúde, segurança, indenização por danos sofridos, informação, educação e associação), em congresso realizado em Montevidéu, em 1987, havia aprovado uma assim chamado lei-tipo. Ou seja: recomendou-se aos países filiados à ONU, guardadas as respectivas peculiaridades, que elaborassem leis de defesa ou proteção do consumidor, oferecendo-lhes, até mesmo, um modelo básico. O clima em nosso país, na época, era extremamente propício: a Assembléia Nacional Constituinte estava reunida em Brasília, e havia até mesmo um anteprojeto de Constituição, elaborada pelo saudoso senador Afonso Arinos de Mello Franco. Desta forma, a comissão incumbida da elaboração do anteprojeto do código do consumidor trabalhou em duas frentes: na Constituinte, assegurando-se de que a defesa do consumidor fosse elevada, como de resto o foi, à categoria de direito fundamental, de cunho individual e social (cf. inciso XXXII do art. 5º da Constituição de 88); e, por outro lado, nos trabalhos do anteprojeto propriamente dito, que foi elaborado em tempo recorde. Ou seja, já em novembro de 1988, o anteprojeto estava pronto, e foi publicado em 4-1-1989 no Diário Oficial da União, em caderno especial, para amplo conhecimento, e para que ainda fossem colhidas sugestões do povo em geral, sugestões essas que efetivamente foram recebidas, cuidadosamente analisadas, e muitas delas acolhidas. Após os trâmites legislativos, finalmente veio a lume, com algumas vetos que, contudo, não afetaram os principais pontos do anteprojeto, o código que hoje conhecemos. A segunda questão com que abrimos este artigo diz respeito às limitações do próprio código. Ou seja: ele deve ser entendido como um micro-sistema jurídico, com princípios próprios, mas de natureza multi e interdisciplinar. Como princípio próprio poderíamos citar, fundamentalmente, o da vulnerabilidade. Isto é, o consumidor, não tendo condições de conhecer técnica ou faticamente os produtos e serviços que são colocados à sua disposição no mercado, ou as circunstâncias em que isso se dá, arrisca-se a experimentar todo tipo de risco e efetivos danos à sua saúde, segurança, economia particular, e até mesmo à sua dignidade. Por exemplo: quando adquire um medicamento cujo fator-risco é muito maior do que o fator-benefício, ou, então, uma máquina ou veículo que tem um defeito de fabricação, ou mesmo quando adere a um contrato bancário ou a de um cartão de crédito clonado, em que se vê ameaçado de ter seu nome encaminhado a um banco de dados e negativado. Por isso mesmo, cuidando-se, na lição de Ruy Barbosa, em sua magistral Oração aos Moços, de desiguais ---consumidores, de um lado, e fornecedores de produtos e serviços, de outro ---, o código cuidou de tratá-los, certamente, de forma desigual. Daí se falar, por exemplo, da inversão do ônus da prova, no processo civil, da responsabilidade civil objetiva ou sem culpa, da interpretação de cláusulas contratuais mais favoravelmente aos consumidores, e outras salvaguardas. Seguem-se, ainda, os princípios da boa-fé e do equilíbrio que devem sempre, à luz da ética, presidir toda e qualquer relação jurídica. Com efeito, cuida-se de exigir que as partes contratantes ajam com seriedade, honestidade, espírito de cooperação, bons propósitos, enfim, para que, da melhor forma possível, de possa atingir a tão almejada harmonia que deve sempre inspirar os negócios jurídicos; e isto sobretudo, repita-se, no que concerne a personagens tão desiguais. Esta, em apertadíssima síntese, é a epistemologia do código do consumidor. Por outro lado, entretanto, o código é multidisciplinar, na medida em que contém preceitos de ordem civil (por exemplo, a já mencionada responsabilidade civil objetiva, a tutela contratual, incluídas aí a oferta e a publicidade, práticas de comércio etc.), de caráter penal (ou seja, crimes contra as relações de consumo), de cunho administrativo (sanções nos casos em que especifica), processual (a tutela coletiva, sobretudo), e outras particularidades. Entretanto, não se basta. Necessita, muitas vezes, conforme adverte seu artigo 7º, de outras normas já pré-existentes, a começar pela Constituição Federal, de normas de caráter civil, processual, administrativo e outras, além de, inclusive, tratados internacionais de que o Brasil seja signatário. No que concerne a um balanço de aplicação do código, o próprio título deste artigo é elucidador: cuida-se de um jovem de 19 anos, mas que ainda necessita de muito amadurecimento. E esse amadurecimento depende, em grande parte da educação formal e informal dos próprios consumidores (i.e., desde a tenra idade escolar com noções de cidadania-consumidor-ambiente, até o ensino universitário, e as atividades informativas dos órgãos públicos, entidades não-governamentais de direitos do consumidor e, igualmente, dos órgãos de comunicação social), assim como da educação e informação dos fornecedores de modo geral (incremento dos bons serviços de atendimento ao consumidor, aprimoramento das técnicas de qualidade de produtos e na prestação de serviços, sobretudo, prevenção de acidentes de consumo pelo recall e outros instrumentos disponíveis). E, finalmente, incumbe às autoridades federais, estaduais e municipais, estabelecerem instrumentos eficazes de fiscalização do mercado de consumo, sobretudo as agências reguladoras, já que um dos objetivos de sua existência é o atendimento dos usuários dos serviços públicos essenciais. Enfim: o código existe há 19 anos,está em vigor efetivo há 17, houve melhorias, sem dúvida, no mercado, mas muita coisa ainda há por fazer, principalmente no que diz respeito à atuação dos chamados instrumentos de efetividade da política nacional de relações de consumo, aí incluídos, além dos órgãos precípuos de defesa ou direito do consumidor (como o DPDC – Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, os PROCON´s) e os não-governamentais (como o IDEC e o PRO TESTE, por exemplo), as Promotorias de Justiça do Consumidor, os Juizados Especiais Cíveis, as Varas Especializadas em Direitos e Interesses Difusos e Coletivos, as Polícias Especializadas, enfim, todo o arcabouço existente na tutela, afinal de contas do consumidor: na verdade todos nós, sem exceção.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PRÉ-SAL APRESSADO - INTERNET E POLÍTICA

PRÉ-SAL APRESSADO

Há exatos 35 anos, em conversa com um engenheiro petroquímico francês que à época trabalhava na implantação do polo petroquímico de Camaçari, Bahia, me disse duas coisas que se mostram atuais: a) o Brasil é riquíssimo em petróleo, e seria bom que guardasse esses recursos para o futuro, porque as reservas iriam se esgotar por volta de 2050; b) o que se fazia e ainda se faz com o petróleo é criminoso, porque tem destinos mais nobres do que ser transformado em combustíveis (por exemplo, na química fina, química farmacêutica e na transformação em outros materiais). Eis que se descobriram reservas fabulosas na chamada camada do pré-sal ao longo de nosso litoral. A pressa em estabelece novos marcos regulatórios para sua exploração, por interesses manifestamente político-eleitorais, talvez seja prejudicial em razão de várias questões. Ou seja, deve-se discutir a fundo a destinação dos recursos econômicos advindos da exploração futura, inclusive, o pagamento e distribuição de royalties, modelo dessa exploração, criação da nova empresa regulatória. Enfim, muito certamente a pressa será inimiga da perfeição.
INTERNET E POLÍTICA
O deputado federal Flávio Dino tocou num ponto essencial no que concerne à nova ferramenta de comunicação, a internet, no campo eleitoral para o ano vindouro. Com efeito, talvez não exatamente com essas palavras, mas disse que assim como o jornal impresso, o rádio e a TV, a internet deve também sofrer limitações no que toca as campanhas eleitorais. E, realmente, embora se cuide de uma nova forma de comunicação, não se pode negar que, em termos de publicidade comercial e propaganda política, é apenas MAIS UM MEIO DE COMUNICAÇÃO, NADA MAIS E, CONSEQUENTEMENTE, DEVE MERECER AS MESMAS LIMITAÇÕES QUE SOFREM JORNAIS, REVISTAS, RÁDIO E TELEVISÃO, SENDO DESPICIENDO O ARGUMENTO DE QUE INDEPENDE DE AUTORIZAÇÃO, CONCESSÃO OU PERMISSÃO GOVERNAMENTAL. E isto por uma razão muito simples: o asseguramento da IGUALDADE DE CONDIÇÕES PRESERVADAS PELA LEI E JUSTIÇA ELEITORIAS, EVITANDO-SE, SE POSSÍVEL, O ABUSO DO PODER ECONÔMICO. Isto não quer dizer, contudo, que um blogueiro, como eu, por exemplo, exponha minhas opiniões sobre este ou aquele candidato, até porque, nesse caso, não estou ligado a qualquer meio de comunicação, mas, sim, no papel de mero cidadão, com liberdade de expressão garantida pela constituição.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

TORTURADORES

O presidente nacional da OAB, advogado Cezar Britto, no artigo A punição dos torturadores (Folha de S. Paulo, ed. de 28-8-2009, p. A-3) volta ao assunto da revisão da lei da anistia, de 1979, ou seja, pretendendo a reabertura de investigações contra torturadores, no caso os agentes da ordem pública durante o chamado período ditatorial. Ora, conforme já asseveramos neste espaço, se anistia é esquecimento de atos tidos como delituosos naquele período (diferentemente do perdão, que pressupõe uma condenação, bem como do indulto, que implica na comutação da pena imposta), esse esquecimento deve ser entendido como sendo bilateral. Ou seja, tanto para os agentes do regime como para os agentes da luta armada revolucionária. Se houve prisões ilegais, maus tratos, lesões corporais, leves ou graves, e até eliminação de adversários, tudo remonta a mais de 30 ou 40 anos, ou seja, todos prescritos. Ou então, se é para reabrirem-se as feridas do período de exceção, é mister que também os militantes que se consideravam revolucionários também respondam, por exemplo, pelo assassinato do recruta Mário Kozel Filho, ao 18 anos, quando montava guarda em quartel do exército em S. Paulo, cujos pais até hoje aguardam, já idosos, uma satisfação pela bárbara ação terrorista que o vitimou. E o que dizer, apenas para ficar nesses exemplos, da funcionária da OAB-RJ que também pereceu em decorrência da explosão de uma bomba no edifício em que trabalhava? E os assaltos praticados, sequestros de dignatários estrangeiros e outros crimes? Diz-se que o crime de tortura é imprescritível. Mas também o é o de terrorismo! Ora, mas antes da Constituição de 88 não havia definição nem de um nem de outro. Ambos compreendiam as ações a que nos referimos acima, de parte a parte (maus tratos, contrangimento ilegal, cárcere privado, sequestro, lesões corporais, leves ou graves, e até homicídios), todos prescritos, todavia. Se é para haver revisão, que, então, seja integral, processando-se quem hoje está no comando deste país, inclusive!
JULGAMENTO 'MORAL'
Em decorrência da rejeição da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República, pelo STF, contra o deputado Antonio Palocci, acusado, juntamente com um ex-assessor e um ex-presidente da Caixa Econômica, pela violação do sigilo bancário de um humilde caseiro que resolveu servir como testemunha de que numa determinada residência em Brasília reuniam-se ele, então ministro da fazenda, empresários e outros políticos para negócios comprometedores, o ministro Gilmar Mendes, presidente do citado STF, disse que o o julgamento não foi moral, foi técnico. Já o ministro Marco Aurélio Mello lamentou ser voto vencido, juntamente com outros três colegas, porque a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. POIS É, AMBOS ESTÃO CERTOS: O SEGUNDO PELA OBVIEDADE DA SITUAÇÃO; E O SEGUNDO PORQUE, REALMENTE, NÃO FOI UM JULGAMENTO MORAL MAS SIM IMORAL!

CENSURA PRÉVIA - TORTURADORES - JULGAMENTO 'MORAL'

CENSURA PRÉVIA

A diretora-superintendente da Folha de S. Paulo e presidente da ANJ-Associação Nacional de Jornais, Sra. Judith Brito, em artigo publicado no referido periódico ( Censura prévia é inadmissível, ed. de 27-8-09, p. A-3) critica as decisões de alguns juízos que determinam o que chama de "censura prévia" referentes a matérias que possam vir a expor pessoas que exercem funções públicas ou mesmo cidadãos, tudo em prol da plena liberdade de informar e o interesse público. E ao fazê-lo, de forma veemente, acaba por praticar um sofisma, a saber: "...não cabe a ninguém decidir previamente se o direito individual de quem quer que seja está sendo ferido pela divulgação de informação. Esse julgamento só pode se dar posteriormetne à divulgação. Assim como a evnetual punição". E para fundamentar sua supreendente alegação, traz à colação do dispsoto no art. 220 da Constituição Federal, segundo o qual "a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição". E arremata: "todo mundo tem direito a dizer o que quiser e não cabe a niguém definir previamente o que pode ser dito". Esse direito, aliás, é decorrência do dirieto e garantia fundamental previsto pelo inciso IV do art. 5º da mesma Constituição. Ora, em contrapodição a esse direito, tido e havido por ela como intocável, há os direito e garantias tão fundamentais quanto aquele, consistentes no direito de resposta e, principalmente, o direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, previstos pelo mesmo art. 5º, incisos V e X, a saber: "é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem"; e "são invioláveis a intimiade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". Ora, o que o direito quer é que haja um equilíbrio entre um e outro direito fundamentais, de molde a não apenas garantir uma indenização caso haja ofensa àqueles valores, como também PREVENÇÃO DE DANOS. NÃO HÁ VALORES PECUNIÁRIOS QUE RESTABELEÇAM A HONRA E A DIGNIDADE INJUSTAMENTE ATACADAS POR QUALQUER MEIO MAS, SOBRETUDO, PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Veja-se o exemplar caso da chamada "Escola Base" de educação infantil. Seus dirigentes foram injustamente acusados e apontados pelos meios de comunicação como pedófilos, descobrindo-se, somente após doloroso procedimento, que tudo era falso e tendencioso. Embora tenham ganho na justiça o direito a uma indenização, certamente nada apagará aquela imagem negativa, nem a ofensa infligida.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DE PAULISTAS E BAIANOS - MARINA SILVA - ANTISSEMITISMO

DE PAULISTAS E BAIANOS


É impressionante a capacidade criativa às avessas de políticos em antevésperas eleitorais. José Serra, na Bahia, disse que "aprendeu a fazer política na Bahia porque paulista não sabe fazer política". Talvez Serra tenha razão: os verdadeiros paulistas não sabem fazer política com pê minúsculo ou poticalha, mas sim boa política, com os valores socráticos e aristotélicos. Se a intenção foi agradar aos baianos, que não são nada bobos, espero que o o tiro tenha saído pela culatra e desagradou paulistas que respondem não apenas pela maior fatia absoluta do PIB nacional, como também pelo maior capital eleitoral do país. A gracinha relembra a de FHC quando disse que "tinha um pé na cozinha", como que a evocar suas origens africanas (certamente bem longínquas). Aliás, se depender de empatia e, sobretudo, simpatia, tanto Serra quanto FHC perdem de longe de Lula por quem, aliás, igualmente não nutrimos qualquer simpatia. Aguardem-nos nas urnas!
MARINA SILVA
Uma boa notícia --- a ser ainda confirmada, em face das injunções políticas ---, foi o anúncio de que a ex-ministra fo meio-ambiente, Marina Silva, poderá disputar a presidência da república, para tanto deixando o PT e filiando-se ao PV. Alvíssaras!! Guardadas as ressalvas com relação aos extremismos do movimento ecologista, que deve buscar a sustentabilidade e não o empacamento do progresso em nome tão só da preservação ambiental, acho um excelente nome para a disputa. E o que é melhor: alguém que certamente terá um programa de governos atualizado e sério a apresentar e debater. Torço par que dê certo, o que não implica dizer que já tem desde logo o meu voto.
ANTISSEMTISMO
Hoje (12-8-2009), a Folha de S. Paulo traz contundente artigo subscrito por dois importantes líderes judeus, alertando contra atos antissemitas na Venezuela de Hugo Chávez, relembrando os piores momentos do nazismo hitlerista. Se considerado o caráter bufo do barulhento presidente sulamericano, o que lhe valeu um merecido cala-a-bola do rei de Espanha, os fatos não teriam relevância. Entretanto, como os regimes autocráticos --- e o da Venezuela se caracteriza cada vez mais como tal (controle dos meios de comunicação, militantes barulhentes e violentos, uma polícia cada vez mais intolerante com os adversários do regime e um partido que pretende ser único) --- sempre se buscam bodes expiatórios. Os EUA já foram e estão sendo fustigados; a Colômbia, também por tabela, está sendo encarada como país quase inimigo; e, agora, os judeus. Acho nisso um dado positivo: o sofrido e valoroso povo judeu, como já deu mostras ao longo de sua história, não deixará em branco as graves ofensas infligidas, mais uma vez, aos seus valores(uma sinagoga depregada e pichada em Caracas). A ver.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

TUDO NA MESMA

TUDO NA MESMA - De retorno de férias de quase vinte dias no exterior (Grécia e Turquia), constato que nada mudou por aqui: escândalos e bate-bocas no Senado, esquentamento do forno de pizza sobre "rigorosas apurações", violência, alastramento da gripe suína etc.. Nesses dias que passei fora pude verificar como é bom e prazeroso andar por lugares onde não existe violência, agressividade. Ao contrário, há respeito ao turista, tratamento respeitoso, boa infraestrutura, enfim, condições civilizadas para os visiantes e habitantes. Coisa que, infelizmente, não pude falar do nosso Brasil a quem me perguntasse. Ou seja: quer ir ao Brasil? Prepare-se para ter objetos e valores furtados, no mínimo, e roubados, inclusive, com a própria morte. Coisa deplorável, quando vivenciamos o total abandono do Estado de Direito por um Estado Paralelo de violência, podridão, corrupção etc. Realmente lamentável. Ano passado ouvimos de um lojista da Ilha da Madeira o seguinte: "Eu gostava muito de ir ao Brasil, onde, aliás, tenho parentes, principalmente no Rio de Janeiro. Mas não vou lá arriscar a minha vida e de minha família. No verão prefiro ir ao litoral de Portugal ou da Espanha, onde não há dessas coisas!" É triste, mas é a realidade.

terça-feira, 7 de julho de 2009

MORTE E CIRCO

MORTE E CIRCO

A única declaração digna e comovente em torno do falecimento do cantor e autor Michael Joseph Jackson foi da atriz Elizabeth Taylor: embora oficialmene convidada, recusou-se a partir do que chamou de "circo" à "cerimônia de despedida" encenada, neste momento em que escrevo, no Staples Center, em Los Angeles. A declaração não apenas é digna, como também humanitária e caridosa, já que nem o pai de Michael, o detestável Joe Jackson, se deu ao resguardo e respeito ao filho, ao menos na morte. Com efeito, ao anunciar o passamento de Michael, o repulsivo Joe Jackson, sorrindo, disse que aproveitava o momento para comunicar a todos o lançamento de um novo selo de uma gravadora! É, mesmo, do "arco da velha", como se dizia antigamente. Mas não foi só ele. Toda a indústria fonográfica, TV´s, rádios, "site" da "internet" se aproveitam para vender e vender. Apenas isso. E o verdadeiro "show", com o caixão exposto --- ao menos não aberto, que foi um mínimo de decência e respeito ao falecido ---, tem o único objetivo de "keep the money running, for the show must go on"! É lamentável.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"NÃO DÁ EM NADA"

NÃO DÁ EM NADA

O presidente Lula, em mais uma de suas opiniões, disse que há, hoje, um "denuncismo" da imprensa, mas que, feito o estardalhaço, "não dá em nada". Pois é, e não é que tem razão? O primeiro beneficiário da "anistia" já anunciada previamente, aliás, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (o que passou passou daqui para a frente vai ser diferente) foi o deputado Fábio Faria do PMN-RN, que forneceu passagem aérea de usa cota para a ex-namorada Adriane Galisteu, sua mãe e outros artistas para participarem de um carnaval fora de época (fonte: Folha de S. Paulo, ed. de 23-6-2009, p. A-8), com o devido arquivamento do procedimento investigatório. Mas não é só. Mediante o dispêndio de 150 mil reais, o presidente da Câmara contratou os serviços de dois juristas, fora da procuradoria da mesma câmara, para justificarem o arquivamento, o qual, certamente se estenderá a outros parlamentares porventura investigados. Ora, era evidente o desfecho administrativo da questão o que, todavia, não exime de responsabilização não apenas os deputados beneficiários como também o presidente da câmara por improbidade administrativa, até porque, se a própria câmara tem uma procuradoria jurídica, não precisara gastar dinheiro público para contratar advogados, ainda que de reconhecido conhecimento técnico. No caso, seria necessário uma licitação para a contratação de escritórios, se fosse o caso. Ou seja, em resumo: além de o dinheiro das passagens não ter retornado aos cofres públicos, mais dinheiro foi jogado na fogueira do abuso da coisa pública. Pois é presidente: o senhor tem mesmo razão. Não dá em nada. Amenos que o Ministério Público faça alguma coisa, efetivamente.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

PASSAGENS AÉREAS E ATOS SECRETOS - ACIDENTE DA AIR FRANCE - AGRONEGÓCIO E PROUNI

PASSAGENS AÉREAS E ATOS SECRETOS

A Folha noticiou até "ad nauseam", mas com toda razão, os escândalos das passagens aéreas no congresso nacional e, agora, está agindo da mesma forma com relação aos atos secretos do senado federal. Mas somente na edição de hoje (17-6-09), em um canto de página, é que noticiou que o Ministério Público Federal, na pessoa da Procuradora da República Anna Carolina Resende, instaurou procedimentos inquisitivos sobre as duas questões. Em meu blog eu havia estranhado a falta de notícia sobre a atuação do Ministério Público, o que, agora, constato, se deu por absoluta falta de interesse do jornal em saber das providências efetivamente adotadas. Aliás, perdeu-se excelente oportunidade de indagar sobre essa relevante questão na entrevista recente como Procurador Geral da República, Antônio Fernando de Souza. A propalada "lei da mordaça", que visa a calar o Ministério Público, por outro lado, merece o repúdio veemente de toda a sociedade brasileira, porquanto com ela, ficaria órfã.

ACIDENTE DA AIR FRANCE: DUAS GAFES

Conforme noticiado na Folha de ontem, 16-6-09, p. C-4, houve dois manifestos equívocos: num deles, corretamente apontado pela reportagem, diz-se que Lula errou ao dizer que o governo francês iria indenizar os parentes das vítimas do Vôo AF 447; outro, ao lado, diz que a "juiza federal Sylvia Zimmerman,que atua na Suprema Corte francesa" iria solicitar mais de cem depoimentos no Brasil sobre o acidente. Com efeito: 1) sendo a Air France uma empresa privada, embora com algum capital estatal mas em grande parte asumido pela holandesa KLM, é evidente que ela, a montadora Air Bus e respectivas seguradoras é que responderão, objetivamente, sem necessidade de comprovação de culpa ou dolo, pelas perdas de vidas e materiais decorrentes do acidente (vide art. 12 e seguintes do nosso Código do Consumidor e o Código Brasileiro de Aeronáutica). A lei francesa não é muito diferente a esse respeito. 2) O repórter Mário César Carvalho deveria saber que a França é um país unitário e não uma federação de estados autônomos (i.e., com o governo nacional centralizado em Paris e com o seu território subdividido, apenas administrativamente, em departamentos, no continente europeu, e outros ultramarinos, como Martinica e Guiana Francesa, por exemplo). Daí a impropriedade de se falar em "juíza federal".
AGRONEGÓCIO
Hoje, 17-6-09, li artigo assinado pelo Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio (Folha de S. Paulo, p. A-3), com o qual concordo plenamente. Ou seja, ao dizer da vocação secular do Brasil de paíse essencial e visceralmente agrícola, dadas as suas excepcionais condições climáticas, qualidade do solo e, sobretudo, empreendedorismo de seu povo. Por outro lado, todavia, também aponta para a falta de uma vontade política de molde a propiciar a que um número cada vez maior desses empreendedores, desta feita pequenos e grupos familiares, que são, em última análise, os grandes responsáveis pela produção de alimentos, tenham acesso à terra. Pois é: o Estatuto da Terra, considerada uma das leis mais revolucionárias de nosso país, promulgada pelo primeiro governo militar (Castelo Branco), em 1964, está aí, como uma lei que não pegou. Ou se pegou, isto seu deu apenasparcialmente.
PRO UNI
Hoje, também, li na Folha artigo de Elio Gaspari sobre o sucesso do chamado ProUni, ou seja, o programa federal de bolsas de estudos para estudantes considerados carentes (i.e., cuja renda familiar não seja superior a 3 salários mínimos). Diz que, ao contrário do que se supunha, esses estudantes têm rendimento igual ou superior àqueles que pagam mensalidades às instituições privadas. Até aí, isto não é qualquer novidade para mim, visto que, como ex-coordenador de um curso superior privado havia efetivamente constatado esse fato, e o programa merece aplausos. Mas daí a dizer o mesmo articulista que os "negros" das cotas universitárias públicas também demonstrariam o mesmo desempenho por conta dessa inclusão, há uma grande impropriedade. Isto porque: 1) o ProUni não discrimina entre "negros","pardos", "mulatos", "amarelos" etc.; esse programa apenas confere bolsas de estudos a ESTUDANTES CARENTES, POUCO IMPORTANDO SUA ORIGEM; 2) em contrapartida os estabelecimentos de ensino, QUE SÃO PRIVADOS E NÃO PÚBLICOS, fazem jus a compensações ou isenções tributárias. No que diz respeito às universidades públicas, entretanto, o que se deve fazer é: 1) melhorar sensivelmente o nível dos ensinos fundamental e principalmenete básico, propiciando igualdade de competição de todos os alunos, pobres ou ricos, e não "negros", "pardos" etc.; 2) instituir-se o ensino pago pelos alunos que disponham de meios, e gratuito para os que não possam fazê-lo. Isto, sim, é justiça social. A inclusão, como se propõe, com "lambuja" em notas para os que sejam "negros", "pardos" etc. fere, sim, e frontalmente, o princípio constitucional da igualdade, e nada tem a ver com a máxima de Rui Barbosa, em sua "Oração aos Moços", de 1921, na nossa Faculdade de Direito da USP, aliás, de que a verdadeira justiça consiste em tratar desigualmente os desiguais. Até porque essa desigualdade não é impossível de ser desfeita. Basta qualificar os estudos fundamental e básico, OFERECENDO-SE, ENTÃO, OPORTUNIDADES IGUAIS A TODOS, IMDEPENDENTEMENTE DE SUA CONDIÇÃO SOCIAL.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

NOTA DEZ - CIRO GOMES - USP EM GREVE - NOVOS ESCÂNDALOS

NOTA DEZ - Sem dúvida, estão de parabéns as redes de supermercados Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour, por se recusarem a comprar carnes oriúndas das regiões desmatadas da Amazônia. E os consumidores devem apoiar essa e outra medidas semelhantes, no sentido de apenas adquirirem produtos que sejam saudáveis do ponto de vista ambiental. É o que se chamada de consumo sustentável.
CIRO GOMES - Nunca simpatizei com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes. E, menos ainda, agora que pretendem lançar seu nome ao governo do nosso Estado de São Paulo. Como ele disse, maleducadamente, sobre os órgãos que poderiam investigar suas ações quando vieram à baila os escândalos com as passagens aéreas, e embora nada tivessem de fato apurado contra ele (i.e. "MP o c..., polícia, o c..., não tenho medo de ninguém nem de nada"), agora nós poderemos dizer, com o devido respeito aos eventuais leitores: CIRO PARA GOVERNADOR? O C ...!!!
USP EM GREVE - Quando estudei na USP (Direito), convivi com movimentos estudantis contra a ditadura. E havia, portanto, motivos para tanto, mas também houve baderna e, o que é mais lamentável, depredações por alunos e outros elementos nas dependências das velhas arcadas (o pátio interno foi todo recoberto com combustíveis, quadros foram rasgados etc.). Portanto, se reivindicações podem ser justas, não o são, pelo contrário, depredações e vandalismos contra o patrimônio público que eu, por exemplo, e todos os cidadãos paulistas sustentamos com os nossos tributos! Desta forma corretíssima a atuação da Polícia Militar ao debelar os distúrbios desta semana.
NOVOS ESCÂNDALOS - Mais uma vez indagamos: e os escândalos das passagens aéreas, como é que ficaram? Alguma providência da parte do Ministério Público da União em razão dos flagrantes casos de improbidade administrativa? Eis que agora afloram outras irregularidades: os tais atos administrativos secretos não publicados em diários oficiais. Ou seja, nomeações, demissões e, principalmente, fixação de vantagens a funcionários. Mais uma vez isto poderá ensejo a providências de cunho judicial, eis que fere frontalmente princípio básico do Direito Constitucional e do Direito Administrativo, qual seja, da transparência e publicidade dos atos administrativos. Será que vai dar em alguma coisa?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

MANDATOS ELETIVOS: DURAÇÃO

MANDATOS ELETIVOS: DURAÇÃO - Num aspecto o presidente Lula está certo, ou seja, quando diz que não quer e não acha conveniente um terceiro mandato, o que levaria à hipótese de um quarto, quinto etc. Ao dizer, entretanto, que embora se critiquem os presidentes Uribe, da Colômbia, e Chávez, da Venezuela por pretenderem a continuidade no poder, "ninguém fala nada sobre os primeiros-ministros que ficam 16, e até 18 anos no poder". Ora, de duas uma: ou o presidente ignora, de fato, o que seja um regime parlamentarista, e falou sem conhecimento de causa, ou, então, esperto como demonstra ser, agiu com ironia ou até cinismo. Com efeito, sabe-se que o regime parlamentarista se caracteriza pela dualidade de funções governamentais executivas: o presidente da república ou monarca é chefe de Estado, enquanto que o primeiro-ministro, premiê, presidente do conselho de ministros, ou, ainda, o "chanceler", encarnam a chefia de governo. Só que, no que tange a este último, sua subida ao cargo depende do "voto de confiança" dado pelo parlamento, e que perdura somente até que ele renuncie ou, então, no caso de crise, que nem precisa lá ser muito séria, na "moção de desconfiança", hipóteses em que "cai todo o gabinete". E a recíproca também é verdadeira: se o chefe de governo percebe que sua base de sustentação está frágil, ele pode pedir ao chefe de Estado que "dissolva" o parlamento e convoque novas eleições. Isto pode ser uma faca de dois gumes, até porque, em uma nova composição do parlamento, o líder do partido que ambicionava ficar mais tempo no poder pode dele ser apeado pela conquista de maioria das cadeiras do parlamento por outro líder, de outro partido. Ou seja: enquanto que no regime presidencialista a queda do chefe de governo somente se dá por graves crise, mediante o "impeachment", no regime parlamentarista isto pode se dar até por um fato apolítico como, por exemplo, pela conduta indecorosa do primeiro-ministro ou, então, de um dos membros do gabinete. SE QUISER MAIORES DETALHES SOBRE ISSO: LEIA EM NOSSO LIVRO "MANUAL DE TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA", 7ª edição, Editora Forense Universitária, RJ, 2009.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

E O ESCÂNDALO DAS PASSAGENS? CPI DA PETROBRÁS

ESCÂNDALO DAS PASSAGENS e CPI DA PETROBRÁS - Pergunto: e toda aquela celeuma, artigos inflamados, entrevistas de especialistas de todo quilate sobre o escândalo das passagens aéreas no Congresso Nacional? Por que a grande e também pequena imprensas se calaram, assim como os implicados? O que aconteceu? Pelo visto, absolutamente NADA. E o Ministério Público Federal, que seria o detentor de atribuições para fazer alguma coisa? Pois, é, é o Brasil. A CPI da Petrobrás mais parece uma cortina de fumaça para encobrir ou desviar qualquer discussão a respeito daquele assunto, já que todos os congressistas compraram a ideia, embora com recalcitrância por parte dos governistas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

OFF-SALES-DELIVERY

OFF-SALES-DELIVERY - Finalmente uma boa lei, mais precisamente no município do Rio: ficam vedados termos e expressões comumente utilizados em ofertas e publicidades de produtos e serviços, em língua estrangeira, especialmente em inglês. Realmente é pura macaquice a utilização de termos como "off" (menos, ou tirados, quando referente a preços e percentuais sobre eles), "sales" (liquidação ou oferta especial) ou "delivery" (entrega em domicílio), dentre outras. São verdadeiros atentados conta nossa língua oficial, o português, até porque dispõe de termos adequados e perfeitamente correspondentes. Aliás o deputado Aldo Rebelo, já há alguns anos, propôs projeto de lei semelhante, em nível nacional ao qual, entretanto, não se deu importância. Está de parabéns, portanto, o Rio de Janeiro.

terça-feira, 19 de maio de 2009

3º MANDATO

3º MANDATO - Os áulicos do poder central e bajuladores do presidente Lula, ou se não antes, até, abutres, em face da grave doença que acomete sua candidata de pectore, já se articulam para o mandato imperial. Ou seja: se a diferença fundamental entre a forma de governo monárquica e a republicada é exatamente a temporariedade do cargo do executivo ou sua vitaliciedade, estar-se-á criando, exatamente, a possibilidade de uma espécie de "monarquia republicana", o que, por si só, é um contrasenso. Tanto assim que o primeiro presidente norteamericano, o general George Washington, aventado para concorrer a um terceiro mandato, declinou do convite, precisamente por não querer se eternizar do poder, já que é da essência da república a alternância ou rotatividade do poder, evitando-se os abusos decorrentes da permanência de alguém no cargo do executivo. Também após o presidente Franklin Delano Roosevelt ter sido eleito para um quarto mandato, tendo falecido durante o seu exercício, votou-se a 21ª emenda à constituição dos EUA (1951), limitando a possibilidade de reeleição a uma só vez. Mas, no Brasil, enfim, tudo é possível. O STF, todavia, estará vigilante, sem dúvida, e acho que uma emenda possibilitando um 3º ou mais mandatos, será severamente questionado.

terça-feira, 12 de maio de 2009

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - Finalmente alguém vai tomar um providência com relação à "farra das passagens" de deputados federais e senadores. A Folha de S. Paulo de hoje (p. A-7), noticia que a "PF agora deve investigar a farra das passagens". Diz, ainda, que "agentes da PF entendem que há indícios de crime de improbidade administrativa", e que "a instauração de inquérito deve ser formalizada hoje, a pedido do procurador Gustavo Peçanha Velloso, que também deverá pedir a entrada da PF no caso". Muito bom, muito bem! Apenas um reparo: a ajuda da Polícia Federal é salutar. Todavia, a "lei de improbidade administrativa" não é de caráter penal, mas, sim, de cunho político-administrativo. Ou seja, acarreta aos seus infratores o pagamento de multa civil, ressarcimento de danos ao erário, cassação de mandato político e suspensão dos direitos políticos por até 8 anos. Os crimes estão no Código Penal.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

REFORMA POLÍTICA

REFORMA POLÍTICA - A reforma política é oportuna ou oportunística? Segundo alguns, é sempre oportuna, até porque é necessário fortalezer os partidos políticos (i.e., permitindo-lhes a elaboração de listas para cargos eletivos proporcionais, para vereadores e deputados tanto estaduais como federais) e, ao mesmo tempo, moralizar as doações aos mesmos partidos e seus integrantes. Segundo outros, porém, cuida-se não apenas de uma "cortina de fumaça" para tentar esconder ou fazer esquecer os mais recentes escândalos (vide comentários abaixo), como também de uma reforma pela metade. Eu concordo com esta segundo posição. Ou seja, é, sim, eoportunismo cínico, além de uma reforma "meia boca". Com efeito, eu lembraria a questão do recall (i.e., o plebiscito revogatório de mandatos eletivos), existente em países como os EUA e a Venezuela. Para tanto, entretanto, teríamos de ter o chamado voto distrital puro. Ou seja, o país seria dividido em distritos eleitorais, de acordo com critérios populacionais, e cada um deles teria um número determinado de vagas na Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. E, assim, todos os partidos teriam chance de elegerem, majoritariamente, seus candidatos. Além do mais, como o distrito eleitoral é bem menor do que o colégio eleitoral nacional, seria mais fácil a cassação popular dos mandatos dos que não correspondessem às expectativas dos eleitores que, além do mais, ficariam mais próximos de seus eleitos, cobrando-lhes resultados. DE QUALQUER MANEIRA, CONTUDO, O QUE PRECISAMOS NÃO É NEM TANTO DE UMA REFORMA POLÍTICA, MAS, SIM, UMA REFORMA DE CARÁTER DOS DETENTORES DE MANDATOS PÚBLICOS!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

QUE SE LIXE!

QUE SE LIXE - Pois é, a nossa opinião, como cidadãos, não vale absolutamente nada para o deputado Sérgio Moraes, do PTB-RS. Relator do procedimento interno da Câmara dos Deputados que apura a emissão de "notas frias" pelo colega Edmar Moreira (MG - o partido, pouco importa), e ao ser indagado por jornalistas, declarou que "estou me lixando para a opinião pública; até porque parte dela não acredita no que vocês escrevem; vocês batem, mas a gente se reelege". Mas não é o cúmulo da desfaçatez? E o mau exemplo vém do presidente da própria Câmara Federal, deputado Michel Temer, que diz que, no que toca à "farra das passagens", teria havido uma "anistia", até porque não havia norma específica a respeito de sua trasferência a terceiros. E, agora, a pretexto de abafarem os escândalos sucessivos, deputados e senadores voltam à surrada proposta de reforma política. SOU PELA REFORMA DE CARÁTER, ISTO SIM.

sábado, 25 de abril de 2009

FARRA DAS PASSAGENS - PAI BISPO - STF

FARRA DAS PASSAGENS - Que não seja por falta de assunto, até porque atos escandalosos nos acometem a todo instante, mas sim por falta de tempo, muitas vezes, que nos colocamos a postos para protestar. A farra das passages aéreas colocadas à disposição de parlamentares traz, agora, detalhes ainda mais sórdidos e execráveis: sua comercialização em agência de viagens instalada no próprio Congresso! Ou seja, aquilo que seria para que os parlamentares pudessem se locomover de Brasília aos seus Estados de origem, acabou se transformando em mais uma forma de troca de favores e até comércio (terceiros, às vezes sem sequer sabendo, acabam "comprando" passagens públicas dando lucro aos parlamentares, seus funcionários, e agência de viagens). Ora, o que não é utilizado, deve retornar ao tesouro da União --- ou seja, O NOSSO DINHEIRO SUADO QUE PAGAMOS EM IMPOSTOS. A grande pergunta que fica no ar é a seguinte: e o Ministério Público da União, já está fazendo ou vai fazer o que a respeito? Sim, porque, se por um lado o deputado Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados tem a ideia de que "o que passou passou", agora é "moralizar", HÁ UMA LEI, CHAMADA DE "IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA" que pune esses atos imperdoáveis, essa verdadeira orgia e bacanal com o nosso dinheiro! Com efeito, a Lei Federal nº 8.492, de 2-6-1992, que "dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nois casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional", estabele as hipóteses de improbidade administrativa. Assim, por exemplo, o inciso IX do seu art. 10 diz que assim se considera, o fato de "liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular". Neste caso, os chamados "ordenadores de despesa" (ou seja, quem autorizou, mandou, determinou) é que cometeram esses atos de concessão irregular de verbas. Quanto aos beneficiários, dispõe o inciso I de seu art. 9º, que é também ato de improbidade administrativa "receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, OU QUALQUER OUTRA VANTAGEM ECONÔMICA, DIRETA O INDIRETA, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por açãoou omissão decorrente das atribuições do agente público". Ou ainda, conforme o inciso XI do mesmo art. 9º, é improbidade administrativa: "incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades menconnadas no art. 1º desta Lei". Nesse dispositivo se enquadram todos quantos (parlamentares, parentes, amigos e terceiros) que se beneficiaram indireta ou indiretamente. Quanto a sanções, dispõe o art. 12 da "lei de improbidade administrativa" que haverá, "na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 (oito) a 10 (dez) anos, pagamento de multa civil de até 3 (três) vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 (dez) anos". Já na hipótese do art. 10, as penas são de "ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer essa circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos, pagamento de multa civil de até 2 (duas) vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócios majoritário, pelo prazo de 5 (cinco) anos". Será que vai dar em alguma coisa? URGE A INTRODUÇÃO EM NOSSO DIREITO CONSTITUCIONAL DO INSTITUTO DO RECALL POLÍTICO, OU SEJA, DA REVOGAÇÃO POPULAR DOS MANDATOS DE MAUS POLÍTICOS. OU, ENTÃO, É A REVOLUÇÃO, COMO ÚLTIMO RECURSO, NOS TERMOS DA PREGAÇÃO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO, EM SUA "SUMA TEOLÓGICA": "laudantur qui multitudinem a potestas tyrannica librant" (i.e., "louvados são os que livram o povo do poder tirânico"). OU, CONSOANTE SE LÊ NA FAMOSA DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: "But when a long train of abuses and usurpations, pursuing invariably the same Object evinces a design to reduce them under absolute Despotism, it is their right, it is their duty to throw off such Government, and do provide new Guards for ther future security" (i.e., "Mas quando um longo rol de abusos e usurpações, na busca de um mesmo objetivo evidencia a intenção de reduzí-los [os direitos do povo] a um despotismo absoluto, é seu direitó, é seu dever destituir tal governo, e providenciar novos guardiães para sua segurança futura").
PAI BISPO - A questão de o atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ter tido um filho, ou até mais de um, conforme noticiado pela imprensa nesses últimos dias, certamente causaria perplexidade, mas seria compreendido pela opinião pública até porque, como todos nós, seres humanos, ele também é falível. Além do mais ele reconheceu a criança publicamente, com todos os encargos e responsabilidades daí decorrentes. O problema, entretanto, não é esse. A questão é que isso ocorreu quando ele ainda era bispo da Igreja Católica, e que, agora, por intermédio de ilustre representante da CNBB, o indulta de culpa, até porque ele é humano, etc. e tal! Ora, a hipocrisia e cinismo da igreja não tem certamente limites. Ou antes, até, é um escárnio aos seus próprios acólitos, a quem prega castidade, ou, antes até, o não uso de preservativos, a proibição do abortamento em qualquer circunstância, chegando mesmo a excomungar uma pobre mãe de uma menina de 9 anos que foi brutalmente estuprada pelo padastro e dele engravidou, além de seus zelosos médicos. Por outro lado, teima-se em pregar o celibato clerical, campo fertilíssimo para atos como esses noticiados com o ex-bispo, sem se falar dos notórios casos de pedofilia, sobretudo nos Estados Unidos. Não é por acaso que crescem outros cultos religiosos, em detrimento da mencionada igreja.
STF - O bate-boca havido durante esta semana entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, para mim não soou como coisa inédita. Durante meus quase 40 anos de graduação em direito, dois dos quais como advogado iniciante, 30 como membro do Ministério Público estadual, e, agora, com mais 7 de advocacia consultiva, sempre soube da convivência nada pacífica entre os pontífices de nossa magistratura. Ou seja onze personalidades, envoltos numa nuvem de superioridade, e, principalmente, de egos superexaltados e vaidades olímpicas. Tome-se, de um lado, um presidente tomado de aura de "speaker" sobre tudo e sobre todos, quando deveria conter-se e falar nos autos e "líder de oposição e de outro, um ministro, mais "antenado" com as suas funções precípuas, mas ferido em seus brios, e tem-se o choque, plenamente previsível. De minha parte, apoio o ministro Joaquim Barbosa, vez que magistrado no mais alto grau de proficiência e discrição. Já quanto ao presidente Gilmar Mendes, colhe o que planta: arrogância e soberba, além de exagerada exposição dos meios de comunicação.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

SENADO DA REPÚBLICA - MAIS VAGAS NA CÂMARA

SENADO DA REPÚBLICA - O Senado da República inspirou-se no seu congênere norteamericano que, contudo, ao contrário do nosso, tem uma justificativa mais do que plausível e histórica para a sua criação. Com efeito, quando as então 13 colônicas britânicas se declararam independentes em 1776, a ideia inicial era de que se manteriam unidas, mas até o afastamento do perigo de uma eventual recolonização, em torno de uma "confederação de estados independentes". Somente depois, entre 1787-1789 é que se criou o país "Estados Unidos da América", na forma de uma "federação" de estados autônomos, mas não independentes. E a preocupação era de que, uma vez atingida a independência do Reino Unido, a então nascente nação se dividisse em 13 países diferentes. E, destarte, zelosos, optaram pela união. Amantes, porém, da autonomia efetiva e liberdades políticas, os norteamericanos fizeram questão de que cada estado, independentemente de sua importância econômica, política ou populacional, mantivesse igual ou homogênea representação do cenário político federal em Washington. Foi assim, portanto, que cada um dos 50 estados da federação americana mantêm, até hoje, 2 (dois) senadores para cada estado.(nós temos três!). Quanto à Casa dos Representantes (equivalente à nossa Câmara de Deputados), a representação é relativa à população de cada estado, de forma proporcional. Desta forma, o nosso Senado é uma contrafação do seu modelo, já que o Brasil, antes colônia, depois império unitário, e, posteriormente república, nenhuma razão plausível tinha para que cada um dos estados, criados aleatoriamente, ou mais ou menos em razão da antiga divisão em capitanias heneditárias, tivesse uma representação no cenário da república. Trazemos isso à baila em face dos recentes escândalos da chamada "Câmara Alta": com quase 200 "diretorias" de coisa alguma ou até de garagem, pagamento de gratificações ou horas extraordinárias jamais trabalhadas aos funcionários durante o recesso parlamentar, descontrole de gastos com passagens aéreas. O caso do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é bastante ilustrativo: embora se saiba ser ele um dos empresários mais ricos e bem sucedidos do país e ter um jato particular pelos seus deslocamentos, tem frequentemente se utilizado de verba de passagens de voos de carreira "que sobram", para custear o pagamento de fretamento de jatinhos. E sempre os políticos têm argumentos, mas que são facilmente derrubados: o direito existiria, e há autorização da mesa do senado; além disso, é dinheiro que faz parte da sua quota [Ato Nº 62, de 1988 - A comissão diretora do Senado Federal, no uso de suas atribuições regimentais, resolve - Art. 1º - Fica o diretor-geral do Senado Federal autorizado a requisitar das empresas de transportes aéreos, mensalmente, para cada senador, 5 (cinco) bilhes de passagem(...) Fica extinta a ajuda de custo paga aos senadores para transporte aéreo"]. Ora, como se sabe, em matéria de serviço público e normas que o norteiam, ao contrário do que ocorre com o direito privado, "somente o que for rigorosamente permitido pode ser feito"; caso contrário, incorre o servidor público em delito de responsabilidade e improbidade administrativa. Não há justificativa, até porque o ilustre parlamentar dispõe de recursos abundantes para seus deslocamentos, além de passagens em voos regulares, sem se falar de seu próprio jato particular. É que o estado, infelizmente, dispõe, como já se disse, "de grandes e inesgotáveis tetas" (informações colhidas junto ao jornal "Folha de S. Paulo", edições de 2 e 3 de abril de 2009, respectivamente, nas páginas A-4 e A-8). SOMOS PELA PURA E SIMPLES EXTINÇÃO DO SENADO.
MAIS VAGAS NA CÂMARA - Um outro absurdo: o senado acaba de aprovar em primeiro turno de votações a criação de mais vagas de deputados federais, sob o pretexto de virem a representar cidadãos brasileiros que residem fora do país. Ou seja, outro sorvedouro de recursos públicos sugados do combalido contribuinte. Ora, quem optou por residir fora do país, deve ter um regime próprio e até votar nas unidades consulares do país, se assim o desejarem, inclusive para deputados federais e senadores. SOMOS TOTALMENTE CONTRA ESSA NOVA INVESTIDA CONTRA NOSSOS RECURSOS. ALÉM DO MAIS, SE É QUE HÁ RAZÕES PARA A REVISÃO DO NÚMERO DE DEPUTADOS FEDERAIS EM FACE DA PROPORÇÃO POPULACIONAL, SERIA TAMBÉM O CASO DE SE CRIAR O VOTO DISTRITAL MISTO, QUE DARIA MAIOR OPORTUNIDADE DE O CIDADÃO FISCALIZAR E COBRAR DOS SEUS REPRESENTANTES MAIOR RESPONSABILIDADE NO EXERÍCIO DO MANDATO. OUTRA REFORMA POLÍTICA: A POSSIBILIDADE DE "REFERENDO REVOGATÓRIOD" ("recall") DE MANDATOS POLÍTICOS POR NÃO CORRESPONDEREM ÁS EXPECTATIVAS DO POVO.

quinta-feira, 5 de março de 2009

ERRATA

ERRATA- realmente a pressa é inimiga da perfeição. Com relação ao texto abaixo, corrijo os seguintes termos: "Recife", e não como foi grafado; "D. José CARDOSO Sobrinho", e não José Carlos Sobrinho; "pagam" [os pais] e não no singular; "rico", e não "fico" ; "médicos", e não como grafado.

EXCOMUNHÃO e BÔNUS

EXCOMUNHÃO e BÔNUS - 1. Os meios de comunicação informam, hoje, que o arcebispo de Olinda e Recive, D. José Carlos Sobrinho, excomungou todos os envolvidos no abortamento de fetos de gêmeos concebidos por uma menina de 9 (nove) anos e por força de estupro. Parece que a igreja católica vive totalmente desconectada com a realidade do século XXI, que é totalmente diversa da Idade Média, onde ainda vive. Ora, uma menina, ainda impúbere, conforme atestaram os médicos, teria uma gravidez extremamente perigosa à sua vida. A isso se junte a plena legalidade da opção pelo abortamento pela lei penal (estupro), e teremos uma questão do mais absoluto bom senso, e não da obscuridade, obtusidade e total falta até de compaixão e caridade da igreja católica. Aliás, a legião de desertores de suas fileiras é uma realidade a olhos vistos, exatamente em decorrência desse obsturantismo. 2. A USP acha que lavra um tento extraordinário, ao aumentar em 12% o bônus --- ou seja, a "lambuja" --- com que os alunos egressos de escolas públicas levam sobre os demais, que vieram de escolas privadas. Ou seja, a tão propalada inclusão, no caso, é mais ou menos como aquele aviso em algumas estradas --- "atenção, buracos adiante" ou então "pista ondulada" ---. Ou seja, ao invés de consertar a pista, o administrador público (ou permissionário/concessionário) prefere negligentemente avisar os pobres motoristas, da mesma forma que ao invés de se melhorar a qualidade da escola pública, punem-se os egressos de escolas particulares. Sim, porquanto seus pais não têm culpa, já que, além de pagarem impostos escorchantes para o "bolo" de que saem os recursos para as escolas públicas, ainda paga pela manutenção dos filhos em escolas particulares. Falo, aliás, com a experiência de quem cursos, desde o jardim de infância, passando pelo curso ginasial, clássico e faculdade de direito (todos públicos), quando TUDO ERA DA MAIS ALTA QUALIDADE. E mais: ERAM MEUS COLEGAS, EM CARTEIRAS DUPLAS, POR EXEMPLO, TANTO O FILHO DO COMERCIANTE MAIS FICO DA CIDADE, COMO O DE UMA HUMILDE LAVADEIRA; OU, AINDA, O FILHO DE ADVOGADO (NO MEU CASO), AO LADO DO FILHO DO CARROCEIRO QUE FAZIA CARRETOS PARA SUSTENTAR A FAMÍLIA. E não é só: da minha turma de grupo escolar, saímos um membro do Ministério Público, um da Magistratura, dentistas, médidocos, um bispo, comerciantes, industriais, vereadores, um dos prefeitos da cidade, e por aí vai.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

SEGURANÇA PÚBLICA: 3 por 1.

SEGURANÇA PÚBLICA: 3 por 1 - Hoje os meios de comunicação publicaram notícia que, em última análise, dizem que, além da educação e saúde públicas, também a segurança pública --- como se já não o soubéssemos --- ESTÁ FALIDA. Com efeito, para cada agente de segurança pública do Poder Público (i.e., polícias civil e militar), temos 3 (três) seguranças privadas. O que já dissemos neste espaço e nunca é demais repetir, é que, apesar de pagarmos uma carga tributária gigantesca, não temos o retorno esperado. Resultado: pagamos duas vezes (tributos + planos de saúde, escolas particulares e seguranças privadas). É a falência do Estado, sem dúvida.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

AINDA COLONIZADOS III

AINDA COLONIZADOS III - TROCADOR DE ROUPA

Ao serem surpreendidos trocando de roupas no saguão do aeroporto de Salvador, dois turistas alemães se justificaram dizendo que pelo que veem nas praias e "como é vendido o Brasil lá fora", acharam que era normal fazer isso aqui (Folha, 4-2-09, p. C-3). Não foi outra a opinião, embora certamente injusta para com os nossos juristas, de modo geral, expressada por um parlamentar italiano acerta do caso Battisti ("o Brasil não é conhecido por seus juristas, mas por suas bailarinas"). Lamentavelmente é o que pensam de nosso país lá fora, o que pude constatar em recente viagem à Europa ("ah, le donne brasiliane; ne ho avuto tre o quattro!"). Preconceito ou não, obriga-nos à reflexão, até porque, conforme também noticiado recentemente, a Embratur está investindo pesado na divulgação de turismo lá fora.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

AINDA COLONIZADOS II E CANÇÃO DE AMOR!

AINDA COLONIZADOS II - Até parece que combinamos --- o que não corresponde à verdade, até porque os jornais não dão a mínima para a opinião dos leitores, conforme já constatei em experiências próprias, razão, aliás, para a criação deste "blog" ---, a Folha de S. Paulo, edição de hoje, 9 de janeiro de 2009, no caderno "Cotidiano" (p. C-4), destaca a seguinte manchete: União quer proibir revista que chama brasileira de ´máquina de sexo´. Diz a reportagem, de Felipe Seligman, que "a pedido da Embratur, a AGU (Advocacia Geral da União) acionou a Justiça Federal do Rio para tirar de circulação um guia turístico para estrangeiros sobre a capital carioca. A publicação ´Rio for Partiers´(Rio para festeiros) define parte das brasileiras como´máquina de sexo bunduda´ (...) A publicação, vendida pela internet, é editada em inglês pela Solcat Publishing Editora e está em sua 7ª edição. De acordo com a ação da AGU, o guia turístico classifica as mulheres brasileiras em quatro grupos: ´Britney Spears´, ´popozuda´, ´hippie/raver´, e ´Balzac´. As primeiras seriam ´as filhinhas de papai [que] se vestem como a Britney Spears, são maravilhosas, mas não deixam ninguém cantá-las. Pode esquecê-las, a menos que seja apresentado a uma´. Já a ´pupozuda´ é definida da seguinte forma: ´Máquina de sexo bunduda (...). Bom para você investir seu tempo, porque o motel é sempre uma possibilidade com essas maravilhas´. Segundo o guia, ´elas malham, usam calças apertadas enfiadas na bunda, pintam o cabelo de loiro e se esforçam ao máximo para aparecer´. As ´hippie/ravers´ são definidas como ´garotas divertidas, fáceis de se aproximar, fáceis de conversar, difíceis de beijar, fáceis de ir para a balada´". E por aí vai. Apreciação preliminar: culpa de quem, essa imagem deplorável de nosso país? Acho que nossa mesmo: hedonismo extremado, programas de televisão que estimulam o sexo como banal ou com o eufemismo "natual" ou "sensualidade" (vai começar outro "big brother" na próxima semana, aliás), reportagens veiculadas no exterior em que uma paisagem é apenas o pano de fundo para essa mesma vulgarização do sexo, sem se falar da miséria que estimula a prostituição, e vai por aí afora. Pobre país!
CANÇÃO DO AMOR - O jornalista da Folha de S. Paulo se supera a cada dia com reportagens sobre cultura inútil, e que seriam candidatas naturais ao prêmio "Ignóbel" de ciência. Desta feita, na famigerada Folha "Ciência" 9-1-2009, p. A-15) vem com a seguinte manchete: Biólogos decifram ca nçãod e amor do mosquito da dengue. E, abaixo: "O que para humanos é um zumbido irritante, para mosquitos é uma cançã Aedes Aegypti -- transmissores da dengue --- ajusta o batimento das asas para produzir um zumbido na mesma frequencia sonora". MAS NÃO É MEIGO? ATENÇÃO AUTORIDADES SANITÁRIAS: PAREM COM AS MEDIDAS DE COMBATE DO MOSQUITO DA DENGUE, QUE DEVE CUSTAR MUITO DINHEIRO. É SÓ INSTALAR AMPLIFICADORES E ALTOFALANTES NOS CRIADOUROS QUANDO OS DITOS CUJOS FAZEM SEXO, E AÍ, 'PLAFT', NÓS OS PEGAMOS NA TRANSA! QUE TAL? CERTAMENTE MORRERÃO, MAS FELIZES! Ora, fala sério FOLHA!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

AINDA COLONIZADOS!

AINDA COLONIZADOS - Cheguei ontem após uma viagem de 12 dias à Europa, a bordo de um navio de bandeira italiana. Minha decepção foi total --- não com a viagem, mas com os comentários que ouvia de alguns interlocutores com quem conversei, todos italianos, como meus avós paternos. Com efeito, ao dizer-me brasileiro, os comentários eram "o, le donne brasiliane, ho avuto due, tre o quattro ragazze lì"! Nada sobre nosso desenvolvimento, economia, belezas naturais da terra, nem ao menos futebol, até porque os nossos melhores estão por lá (nossa seleção "legião estrangeira"). Só sexo! Ou seja, corre solto, por aqui, o "turismo sexual", principalmente no nordeste, o que, aliás, é notório. Já na ilha da Madeira: "ó pá, o Brasil é muito bonito, sem dúvida, mas não tenho cá coragem para alí andar com minha mulher e filhota. os assaltos são à luz do dia, como me disse ontem mesmo um primo que mora em São Paulo, de quem arrancaram o que tinha no bolso, e, por pouco, não lhe tiram a vida"! Confesso que voltei deprimido e frustrado.