sexta-feira, 8 de agosto de 2008

PEQUIMM - BRASÍLIA

PEQUIM - Como, uma vez mais, não tive acesso a comentários nem à UOL, nem à Folha de S. Paulo, dos quais sou assinante há anos, aqui vão os comentários mais recentes sobre a abertura dos jogos olímpicos de Pequim e sobre recentes decisões do Supremo Tribunal Federal.
1. Nenhuma informação pelos órgãos de imprensa foi correta relativamente ao dia e horário da abertura dos jogos (o "site" uol, por exemplo, falava em "dia 8, 8 horas, horário local", mas não dizia que horário local, e que oito horas! O certo seria dizer dia 08 de agosto, 08 horas de Brasília! Outro "site", referindo-se à presença do presidnete Lula, dizia "sábado". Foi preciso minha esposa, que saiu na manhã de hoje, 08 de agosto, me telefonar para dizer que estava ocorrendo a abertura. Comentários? Muito bonita abertura, embora robotizado. Por outro lado, foi evidente propaganda (um dos pilares em que se fundam os regimes políticos totalitários) da China, país maciçamente populoso, com economia tipo capitalista ascendente (crescimento de 11% ao ano), mas com um dos mais massacrantes regimes políticos que se conhece. Nenhuma surpresa, porém. Foi assim em Moscou, quando ainda subsistia a União Soviética, e foi também assim nos Estados Unidos --- que também, claro, fazem sua propaganda capitalista --- em Atlanta e Los Angeles.
2. O Supremo Tribunal Federal assumiu seu papel midiático e, "jogando" para a torcida dos poderosos e políticos, ao lado de seus advogados "super stars", disciplinou o uso de algemas para casos de perigo evidente do preso, e admitiu o registro de candidatos a prefeitos municipais e vereadores com a "ficha suja". Comentários - Há muitos anos atrás, quando este "blogueiro" ainda era Promotor de Justiça Substituto, em uma sala de audiências criminais em Campinas, SP, presenciou um réu que adentrou ao recinto algemado (era acusado de roubos e de um latrocínio), acompanhado de dois policiais militares. Vendo aquilo, o juiz, dizendo que aquilo atentava contra a "caridade devida ao semelhante" --- naquele tempo não se falava em "direitos humanos", "direitos fundamentais", claro, dos criminosos, não das suas vítimas ---, determinou que os milicianos o soltassem, apesar de sua relutância. O que aconteceu? Tal como um felino, o réu pulou sobre a mesa da audiência, literalmente rosnou para o próprio juiz em seu caminho, e pulou pela janela do 2ºandar do fórum, e fugiu. Com relação aos políticos com "ficha suja", este é , mesmo, o país do "faz de conta" e de fancaria. Experimente um pobre mortal, não político, com algum antecedente --- mesmo que por acidente de trânsito, por exemplo ---, procurar um emprego, e, principalmente, inscrever-se num concurso público. Será que será admitido? Evidentemente que não. Nosso Supremo Tribunal Federal, infelizmente, tem andado com um olho no poder, pelo poder, e outro na mídia, não raro legislando por acórdãos e súmulas vinculantes (não foram os poucos que alertaram sobre isso, antes da Emenda 45 da "Reforma do Judiciário"). Por que será?