quarta-feira, 23 de setembro de 2009

LEGALIZAÇÃO DE JOGOS

LEGALIZAÇÃO DE JOGOS


O Congresso Nacional está empenhado na discussão de projeto de lei que libera, por ora, bingos e caça-níqueis, deixando-se, para uma outra oportunidade, a legalização de cassinos. E por que não, também, o jogo do bicho? Na qualidade de cidadão, entendo que, em princípio, a liberação é um caminho válido, se se quiser acabar com a hipocrisia generalizada. Ou seja: pontos de jogo do bicho são vistos por toda a parte, sobretudo no bairro onde resido, por exemplo. Quando exercia as funções de promotor de justiça, os cambistas, ou seja, os vendedores do jogo, eram geralmente pessoas idosas ou desempregadas, e eram quem iam presas e condenadas, deixando-se os banqueiros à solta, ou quase nunca eram identificados pela polícia. Todavia, o dever devia ser cumprido, já que, até agora, os chamados jogos de azar são vedados em nosso país. Por outro lado, cassinos clandestinos e pontos de bingos ou caça-níqueis são, de vez em quando, desbaratados. Não seria melhor legalizar, de uma vez por todas, esses jogos --- até porque a Caixa Econômica Federal detém o monopólio de um grande cassino oficial ---? Acabar-se-ia com a hipocrisia, diminuir-se-ia a corrupção e outras consequencias do jogo ilegal, cobrar-se-iam impostos com a atividade e, por que não, abrir-se-iam muitos postos de trabalho, inclusive para artistas (meus avós, pais e tios falavam com encantamento dos famosos Cassinos da Urca, de Quitandinha, de Poços de Caldas etc.). Por outro lado, e como se faz em outros países, notadamente nos EUA, o jogo é circunscrito a determinados locais (Las Vegas e Atlantic City, por exemplo), o que delimitaria, também, a frequencia e permanencia de quem quer jogar. O vício, infelizmente, é inevitável, assim como a atração por drogas e álcool. Entretanto, com a circunscrição, talvez fosse mais fácil o seu combate.

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