terça-feira, 3 de junho de 2008

SUS versus PLANOS DE SAÚDE

SUS versus PLANOS DE SAÚDE - Os jornais de hoje, 2 de junho, noticiam o décimo aniversário da chamada "leis dos planos de saúde" (Lei nº 6.956/1998), bem como a opinião de políticos e gestores desses planos. No primeiro caso, as declarações do médico e deputado federal Rafael Guerra beira ao patético, ao dizer que a classe média é "privilegiada" porque pode pagar planos de saúde e ter melhores atendimentos, enquanto que os "pobres" têm serviços de péssima categoria. Já o Sr. Arlindo de Almeida, presidente ao que parece vitalício da ABRAMGE (associação que congrega as empresas de planos de sáude em grupo), já que se apresenta como tal há mais de dez anos, revela cinismo quando, ao ser indagado a respeito do grande débito que os planos de saúde junto ao SUS, diz que este é universal e, portanto, direito de todos os brasileiros. Ao lado disso, há a notícia de que, mesmo filiados a planos de saúde, nada menos que um milhão de paulistanos se socorre do SUS porque os plano não cobrem tratamentos de maior complexidade. No caso, seriam 140 milhões de atendendidos pelo SUS, e mais de 45 milhões detentores de planos de saúde (Fonte: jornal Folha de S. Paulo, edição de 2-6-2008, primeiro caderno e caderno Cotidiano). É impressionante: como nos incluímos dentre esses quase 45 milhões, sentimo-nos como imbecis, já que pagamos muito caro ao sistema privado, mas não nos sentimos seguros com ele, embora paguemos também tributos escorchantes.