sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

AINDA COLONIZADOS II E CANÇÃO DE AMOR!

AINDA COLONIZADOS II - Até parece que combinamos --- o que não corresponde à verdade, até porque os jornais não dão a mínima para a opinião dos leitores, conforme já constatei em experiências próprias, razão, aliás, para a criação deste "blog" ---, a Folha de S. Paulo, edição de hoje, 9 de janeiro de 2009, no caderno "Cotidiano" (p. C-4), destaca a seguinte manchete: União quer proibir revista que chama brasileira de ´máquina de sexo´. Diz a reportagem, de Felipe Seligman, que "a pedido da Embratur, a AGU (Advocacia Geral da União) acionou a Justiça Federal do Rio para tirar de circulação um guia turístico para estrangeiros sobre a capital carioca. A publicação ´Rio for Partiers´(Rio para festeiros) define parte das brasileiras como´máquina de sexo bunduda´ (...) A publicação, vendida pela internet, é editada em inglês pela Solcat Publishing Editora e está em sua 7ª edição. De acordo com a ação da AGU, o guia turístico classifica as mulheres brasileiras em quatro grupos: ´Britney Spears´, ´popozuda´, ´hippie/raver´, e ´Balzac´. As primeiras seriam ´as filhinhas de papai [que] se vestem como a Britney Spears, são maravilhosas, mas não deixam ninguém cantá-las. Pode esquecê-las, a menos que seja apresentado a uma´. Já a ´pupozuda´ é definida da seguinte forma: ´Máquina de sexo bunduda (...). Bom para você investir seu tempo, porque o motel é sempre uma possibilidade com essas maravilhas´. Segundo o guia, ´elas malham, usam calças apertadas enfiadas na bunda, pintam o cabelo de loiro e se esforçam ao máximo para aparecer´. As ´hippie/ravers´ são definidas como ´garotas divertidas, fáceis de se aproximar, fáceis de conversar, difíceis de beijar, fáceis de ir para a balada´". E por aí vai. Apreciação preliminar: culpa de quem, essa imagem deplorável de nosso país? Acho que nossa mesmo: hedonismo extremado, programas de televisão que estimulam o sexo como banal ou com o eufemismo "natual" ou "sensualidade" (vai começar outro "big brother" na próxima semana, aliás), reportagens veiculadas no exterior em que uma paisagem é apenas o pano de fundo para essa mesma vulgarização do sexo, sem se falar da miséria que estimula a prostituição, e vai por aí afora. Pobre país!
CANÇÃO DO AMOR - O jornalista da Folha de S. Paulo se supera a cada dia com reportagens sobre cultura inútil, e que seriam candidatas naturais ao prêmio "Ignóbel" de ciência. Desta feita, na famigerada Folha "Ciência" 9-1-2009, p. A-15) vem com a seguinte manchete: Biólogos decifram ca nçãod e amor do mosquito da dengue. E, abaixo: "O que para humanos é um zumbido irritante, para mosquitos é uma cançã Aedes Aegypti -- transmissores da dengue --- ajusta o batimento das asas para produzir um zumbido na mesma frequencia sonora". MAS NÃO É MEIGO? ATENÇÃO AUTORIDADES SANITÁRIAS: PAREM COM AS MEDIDAS DE COMBATE DO MOSQUITO DA DENGUE, QUE DEVE CUSTAR MUITO DINHEIRO. É SÓ INSTALAR AMPLIFICADORES E ALTOFALANTES NOS CRIADOUROS QUANDO OS DITOS CUJOS FAZEM SEXO, E AÍ, 'PLAFT', NÓS OS PEGAMOS NA TRANSA! QUE TAL? CERTAMENTE MORRERÃO, MAS FELIZES! Ora, fala sério FOLHA!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

AINDA COLONIZADOS!

AINDA COLONIZADOS - Cheguei ontem após uma viagem de 12 dias à Europa, a bordo de um navio de bandeira italiana. Minha decepção foi total --- não com a viagem, mas com os comentários que ouvia de alguns interlocutores com quem conversei, todos italianos, como meus avós paternos. Com efeito, ao dizer-me brasileiro, os comentários eram "o, le donne brasiliane, ho avuto due, tre o quattro ragazze lì"! Nada sobre nosso desenvolvimento, economia, belezas naturais da terra, nem ao menos futebol, até porque os nossos melhores estão por lá (nossa seleção "legião estrangeira"). Só sexo! Ou seja, corre solto, por aqui, o "turismo sexual", principalmente no nordeste, o que, aliás, é notório. Já na ilha da Madeira: "ó pá, o Brasil é muito bonito, sem dúvida, mas não tenho cá coragem para alí andar com minha mulher e filhota. os assaltos são à luz do dia, como me disse ontem mesmo um primo que mora em São Paulo, de quem arrancaram o que tinha no bolso, e, por pouco, não lhe tiram a vida"! Confesso que voltei deprimido e frustrado.