terça-feira, 8 de janeiro de 2008

PROJETO DE INCLUSÃO SOCIAL EM FACULDADES

PROJETO DE INCLUSÃO SOCIAL EM FACULDADES PÚBLICAS - É, parece que as postagens anteriores não envelheceram com a passagem do ano. E isto não apenas no que toca à escorchante carga tributária (foi-se a CPMP, tome mais IOF etc.). Agora foi a vez de um deputado do paulista, Celso Giglio, propor projeto de lei na Assembléia Legislativa, prevendo "reservar metade das vagas nas universidades estaduais paulistas a estudantes oriundos de escola pública de ensino". E isto com a justificativa de que, isto mesmo, "as cotas ajudariam os que tiveram um ensino deficitário" (fonte: Folha de S.Paulo, ed. de 8-1-2008). Ora, mas é o cúmulo da desfaçatez e demagogia. É como os cínicos avisos em estradas, no sentido de que a "pista está com defeitos", e não mandar arrumá-las. Ou seja: o problema não é a escola pública, O PROBLEMA É FAZER COM QUE A ESCOLA PÚBLICA SEJA DE BOA OU EXCLENTE QUALIDADE, PARA QUE TODOS, BRANCOS, NEGROS, INDÍGENAS, AMARELOS, POBRES, RICOS, POSSAM DISPUTAR AS CONCORRIDAS FACULDADES PÚBLICAS, E NÃO FAZER ARTIFICIALMENTE A DISPONIBILIZAÇÃO DE VAGAS PARA ADVINDOS DELAS, ESCOLAS PÚBLICAS. Entendo que a proposta é até inconstitucional, já que descumpre o princípio da isonomia em direitos. Sou da geração dos que tiveram uma boa escola pública, desde o pré-primário, em que os professores eram valorizados, e o ensino era encarado como coisa séria, senão a mais séria, ao lado da saúde, segurança pública e outros direitos fundamentais, tão vilipendiados.