terça-feira, 7 de julho de 2009

MORTE E CIRCO

MORTE E CIRCO

A única declaração digna e comovente em torno do falecimento do cantor e autor Michael Joseph Jackson foi da atriz Elizabeth Taylor: embora oficialmene convidada, recusou-se a partir do que chamou de "circo" à "cerimônia de despedida" encenada, neste momento em que escrevo, no Staples Center, em Los Angeles. A declaração não apenas é digna, como também humanitária e caridosa, já que nem o pai de Michael, o detestável Joe Jackson, se deu ao resguardo e respeito ao filho, ao menos na morte. Com efeito, ao anunciar o passamento de Michael, o repulsivo Joe Jackson, sorrindo, disse que aproveitava o momento para comunicar a todos o lançamento de um novo selo de uma gravadora! É, mesmo, do "arco da velha", como se dizia antigamente. Mas não foi só ele. Toda a indústria fonográfica, TV´s, rádios, "site" da "internet" se aproveitam para vender e vender. Apenas isso. E o verdadeiro "show", com o caixão exposto --- ao menos não aberto, que foi um mínimo de decência e respeito ao falecido ---, tem o único objetivo de "keep the money running, for the show must go on"! É lamentável.