quarta-feira, 28 de outubro de 2009

OLIMPÍADAS E COPA - PRECATÓRIOS -AFEGANISTÃO

OLIMPÍADAS E COPA

De volta de viagem de 15 dias à Espanha, Portugal e Itália, colhi, inicialmente, aplausos pela escolha do Brasil como sede dos jogos olímpicos de 2016, os quais, tanto para espanhóis, que apresentaram Madri na disputa, como para portugueses e italianos com quem conversei, devem alavancar ainda mais o admirado progresso brasileiro visto lá de fora. Além disso, acharam de plena justiça a escolha do nosso país, até porque é simpático a todos, e as olimpíadas nunca foram realizadas na América do Sul. Entretanto, quando houve o incrível abate de um helicóptero por narcotraficantes no Rio de Janeiro, os canais de TV de lá passavam o vídeo do mesmo em chamas ad nauseam, talvez subliminarmente querendo dizer que, infelizmente, não teria sido uma boa escolha. E agora? Como reagirão as nossas autoridades a tudo isso? E a Copa de 2014? Será que agora, finalmente, vai se impor a lei sobre a marginalidade, com rigor e competência?
PRECATÓRIOS
Já aprovado em primeiro turno o imoral e indecente projeto de emenda constitucional que alonga ainda mais o calote dos poderes públicos municipais, estaduais e federais quanto ao pagamento de suas dívidas (precatórios), na verdade virá a penas a institucionalizar a malandragem já praticada. Com efeito, ainda que haja ordem estabelecida constitucionalmente e por normas infraconstitucionais, os referido entes governamentais de há muito não cumprem os prazos que lhe são impostos, sujeitando-os, então, a intervenção. Todavia tanto os tribunais estaduais, relativamente aos Municípios, como o STJ e o STF, relativamente aos Estados e a própria União Federal, sempre reluta em aplicá-la. Quando exercia o cargo de Procurador Geral de Justiça de São Paulo, com efeito, cansei de pedir formalmente a intervenção em municípios e no próprio Estado, mas sem sucesso. Agora vai ser a festa do calote oficializado.
AFEGANISTÃO
Todos torcemos pelo sucesso do presidente norteamericano Barak Obama, pleno de ótimas intenção, sobretudo no tocante aos processos de paz na conturbada região do oriente médio. Todavia, tendo recebido a herança maldita da guerra sem qualquer fundamento no Iraque de George Bush, filho, e com outra frente altamente perigosa no Afeganistão, arrisca-se a afundar-se ainda mais no areial movediço alí instalado. Ou seja, ao moverem a guerra estapafúrdia no Iraque, por claros interesses geopolíticos, sobretudo em razão de suas reservas de petróleo, bem ou mal administrada pello ditador enforcado, os EUA desorganizaram ainda mais a sociedade iraquiana, palco de terríveis atentados cada vez mais violentos, vitimando pessoas inocentes, inclusive crianças, até porque se retiraram do patrulhamento das cidades. E, por outro lado, abriram outra frente no Afeganistão, que mexe, também, com o Paquistão. Hoje, "saudando" a Secretária de Estado Hillary Clinton, por exemplo, houve violentíssimos atentados a bomba nesse último país, como sempre vitimando pobres cidadãos inocentes. Até quando? E, o que é pior, como Obama vai sair desses areais movediços?

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