sexta-feira, 25 de abril de 2008

AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS

AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS - Embora tenha soado como grande novidade as pesquisas da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre resíduos de pesticidas (i.e., agrotóxicos) em alimentos, isso já vinha sendo feito há anos, pelo menos desde os anos 70 do século passado, pelo reputado INSTITUTO ADOLFO LUTZ, de São Paulo, em seminários freqüentes. Uma das coisas mais impressionantes desses seminários, dos quais participamos como Promotor de Justiça do Consumidor, foi a fixação de uma IDA sem VOLTA - Índice de Dose Aceitável diária. Ou seja, o máximo que o organismo humano poderia suportar de ingestão de alimentos saturados de agrotóxicos. Além disso, haveria sérios de riscos de exposição a males que vão desde simples indisposições gastro-intestinais, até cânceres. Esses estudos, aliás, serviram de base para a Lei nº 7.802/1989 ("lei de agrotóxicos"), em que há até exigência de receituário agronômico para a compra de pesticidas, roupas e equipamentos para trabalhadores rurais etc. Mas, como muitas leis neste sofrido país, ficam na maior parte simplesmente no papel.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

CASO ISABELLA - CARTÕES CORPORATIVOS

CASO ISABELLA - Depois de quase um mês de ausência, retorno a alguns comentários do dia a dia. Não, não vou falar do "Caso Isabella". Acho que como todos os estarrecidos alvos da mídia, estou saturado e enojado da exploração dessa tragédia, por si só dolorosa para toda a coletividade. Chega de mórbidas explicações e assédio aos pais, madrastra, promotor de justiça do caso, advogados de defesa, polícia técnica etc. A verdade certamente virá à tona, e os culpados, punidos (espera-se).

CARTÕES CORPORATIVOS - O reitor da UNIFESP diz que "não sabia" que não poderia utilizar o seu cartão para certas coisas. Aliás, fala-se tanto desses cartões, mas ninguém, salvo engano, falou o que se pode e o que não se pode comprar ou pagar com eles. Quando trabalhei no PROCON de S. Paulo como Promotor de Justiça do Consumidor, esse respeitável órgão era um pequeno apêndice da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado (o governador José Serra era o secretário), e tinha enormes dificuldades com verbas, até para miudezas como clipes, papel higiênico, café etc. Fizemos, então, um caixa com as contribuições de todos para a aquisição desses bens sem verba pública. Acho que os tais cartões corporativos seriam para esses gastos pequenos e emergenciais. Estou errado? Alguém tem uma explicação ou justificativa?