segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

TRAGÉDIA E BOÇALIDADE - PORTABILIDADE

TRAGÉDIA E BOÇALIDADE


Todos, indistintamente, ficamos chocados em decorrência das tragédias que castigaram sobretudo Angra dos Reis na passagem de ano, causando dezenas de mortos e centenas de desabrigados. Todavia a boçalidade, cretinice, e, sobretudo, falta absoluta de sensibilidade parece não ter fim, principalmente nas emissoras de televisão. Refiro-me, especificamente, à TV Bandeirantes (tanto no canal aberto, como no a cabo), e à TV Glogo (idem). Não bastasse já o sofrimento dos parentes e amigos das vítimas, não se cansam de evocar um sentimentalismo barato e, sobretudo, mórbido, ao falar da "linda menina cantora e amiga de todos", dos que deveriam ir mas não foram e por isso se salvaram, dos que falam sobre a tragédia e fornecem detalhes de como se salvaram. Chegam os repórteres mesmo ao cúmulo de comparecerem aos enterros e velórios e perguntar aos parentes dos mortos "como se sentem", "qual é o seu posicionamento", não sobre a omissão das autoridades que deveriam prevenir esses tipos de desastres, mas sobre a tragédia em si. Houve, é certo, alguma entrevistas interessantes com geólogos, principalmente, que deram detalhes de como se poderia prevenir tais acidentes, o que evidenciou a negligência do poder público, em todos os níveis (municipal, estadual e federal). É deplorável, porém, como a mass media que fala tanto em liberdade de manifestação do pensamento, um direito constitucionalmente garantido, NÃO RESPEITAR A PRIVACIDADE E A DIGNIDADE DAS PESSOAS, OUTRA GARANTIA CONSTITUCIONAL.
PORTABILIDADE
Detentor que sou, desde 1993, de uma linha de telefonia móvel da VIVO, ex-TELESP CELULAR, acabo de me valer da chamada "portabilidade" e mudei para outra operadora. É que, já há 20 dias meu aparelho não funciona como deveria. Ou seja, às vezes funciona com interrupção das ligações, e na maioria delas não recebe nem faz ligações (no visor aparece a advertência "serviço limitado"), e não dá acesso á caixa postal para o recolhimento de mensagens. Tendo feito nada menos que 5 (cinco) reclamações nesse tempo todo, a atendendente do "call center" me disse, certamente por ignorância, falta de autonomia, ou por não ser devidamente treinada, que como eu resido no Jardim Paulista, há um problema na rede para a região, o que, todavia, seria resolvido dentro de algumas horas. Até parecia que lia a informação numa cartilha. O problema não foi resolvido, e o que é pior: o chefe do atendimento ao cliente, ao me responder um e-mail, repetiu a cretinice da subordinara, quando um atendente da própria empresa que me disse, pessoalmente, que a explicação era ridícula. Até porque, por exemplo, minha esposa tem também um celular da mesma empresa, e ele funciona perfeitamente. Ao invés de detectarem o problema para valer, vieram com essa história. Bem feito: mudei para outra operadora, valendo-me da referida "portabilidade", que permite ao consumidor manter, não obstante a mudança de operadora, manter o mesmo número de telefone. Um conquista importante num setor que, antes, era monopolista.