terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TELEMARKETING MATA - COMMODITIES

TELEMARKETING MATA


terceirizaram já há muito tempo a educação pública, a saúde, a segurança pública e, pasmem, até a comunicação às autoridades de segurança pública. Na semana passada veio à baila a notícia de que o serviço 190 da Polícia Militar do Estado de Sergipe é terceirizado, ou seja, entregue a uma empresa de telemarketing ou call center. Embora o fato tenha sido noticiado apenas pela TV Bandeirantes e depois não mais de falou sobre ele, consistiu no seguinte: um pequeno comerciante ligou ao tal 190 privatizado e, após as saudações de praxe, comunicou a uma moça que havia dois homens em uma moto parados já há algum tempo, usando capacetes, olhando para o movimento e que não aparentavam ser pessoas dedicadas ao trabalho, mas suspeitos de alguma empreitada pouco meritória. Após os vou estar consultando o terminal a moça atendente disse que não poderia fazer nada senão soubesse quem eram os indivíduos, pois o reclamante não soube dizer se a moto tinha placa ou não! O pobre homem educadamente agradeçeu, desligou e, cerca de uma hora mais tarde FOI MORTO PELA DUPLA COM UM TIRO NA CABEÇA!!! Ora, onde estamos? Como é que se pode privatizar uma atividade como essa em que está em jogo a vida de pessoas e a incolumidade pública? Fica aí o registro para reflexão e enérgicas providências. Claro, depois das tais rigorosas investitações.
COMMODITIES
Não sou economista, mas não posso deixar de fazer alguns comentários para o mais recente mantra dos que assim de intitulam ou dão palpites como tais. Antes eram os juros altos, que deveriam ser diminuídos. Agora o problema é o câmbio sobrevalorizado. E isto seria agravado para a balança de pagamentos do Brasil, porquanto nossa pauta de exportações consiste maciçamente das tais commodities, sujeitas a variações bruscas de preços no cenário internacional. É a tal mania do brasileiro de macaquear os estrangeirismos. Commodites = produtos primários, matérias primas, produtos básicos, tais como minérios, produtos agrícolas in natura e outros. Ou seja, o Brasil exporta essas tais commodities que não têm maiores valores agregados, ou seja, para nós ignorantes em economia, que não sofrem processos de transformação, manufatura ou industrialização. Ora, o Brasil, como se sabe e é lugar comum, já é e sempre foi o celeiro do mundo, sobretudo em matéria de produtos naturais, principalmente os destinados à alimentação (por exemplo, soja, milho, suco de laranja, carnes etc.) bem como minérios (notadamente de ferro, bauxita etc.), sem se falar do petróleo. É evidente que se houver a industrialização de muitos desses produtos primários (por exemplo, a transformação de soja desde farelo passando por farinhas, óleos e alimentos mais sofisticados, ou então, no que toca aos minários, sua transformação em barras ou trefilados) isto implicará em maiores postos de trabalho. Mas a pergunta que fica é a seguinte: será que os países importadores permitirão isso, ou preferem eles mesmos procecederem às transformações? Lembro-me de quando era promotor de justiça em uma pequena cidade do interior de S. Paulo, ouvi a história de que um grupo de agricultores da região planejou e chegou a construir uma fábrica e óleo de soja. A indústria ia bem, até que foi boicotada e teve se fechar as portas. Mas a principal questão ao meu ver é que NINGUÉM PODE PRESCINDIR DE ALIMENTOS. E SE O BRASIL É O MAIOR CELEIRO DO MUNDO, O CAMINHO É PROCURAR VENDER OS TAIS PRODUTOS PRIMÁRIOS MESMO IN NATURA PARA UM NÚMERO MAIOR POSSÍVEL DE PAÍSES, E NÃO SÓ PARA A CHINA E EUA, por exemplo, BEM COMO OS MESMOS PRODUTOS JÁ SEMI-INDUSTRIALIZADOS OU, ENTÃO, INDUSTRIALIADOS ATÉ O PRODUTO FINAL PARA OS MAIORES CONSUMIDORES.

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